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Gabrielli nega esquema entre Petrobras e PMDB: 'Sem pé nem cabeça'

Por Sandro Freitas

Gabrielli nega esquema entre Petrobras e PMDB: 'Sem pé nem cabeça'
Foto: Tiago Melo / Bahia Notícias
As denúncias de um suposto esquema de propina que partiria da Petrobras para o PMDB foram classificadas como “esquisitas” e “sem pé nem cabeça” pelo ex-presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli (PT). Atual secretário de Planejamento da Bahia, o petista disparou contra o lobista e ex-diretor da BR distribuidora, José Augusto Henrique, autor das acusações. “Muito estranha, pois o próprio autor desmente. O envolvimento do meu nome é contraditório e esquisito. Ela [a denúncia] foi feita por um sujeito que foi diretor de 93 a 99. Nunca vi mais gordo, não sei quem é e nunca me encontrei com ele. O autor tentou ser diretor de novo em 2007 e 2008, mas foi rejeitado. Porém, se tem relações como o PMDB, é um problema interno do PMDB, que não me compete”, avaliou. O site da revista Época publicou áudios da conversa do repórter com o lobista, que chegou a negar a entrevista. Gabrielli desclassificou os arquivos, ao alegar que se tratam de “trechos fora de contexto e editados”. Um dos pilares da acusação é a compra de uma refinaria em San Lorenzo, na Argentina, tendo como intermediário o advogado e ex-deputado Sérgio Tourinho, que receberia R$ 10 milhões pelo negócio e repassaria o recurso para membros do PMDB. “Uma história entre um argentino e um advogado. O que a Petrobras tem a ver com isso? É uma denúncia sem pé nem cabeça”, resumiu Gabrielli. Outra acusação é de que o ex-presidente da estatal teria "criado dificuldades" para assinar um contrato com a Odebrecht, de R$ 1 bilhão, enquanto não fosse derrubada a tentativa de CPI da Petrobras. O secretário baiano novamente negou e ressaltou que, caso o fizesse, estaria “traindo” os interesses da empresa em um contrato avalizado pela própria diretoria. 
 

Gabrielli diz que nunca encontrou Jorge Augusto (à direita) - Foto: Reprodução Época

O lobista declarou que o acordo em torno da CPI teria sido feito em uma conversa entre Gabrielli e o senador Romero Jucá (PMDB-RR). Ambos negam o encontro e o acordo. Na avaliação do petista, trata-se de mais uma denúncia de olho em 2014, quando ele quer concorrer ao governo do Estado. “A denúncia é claramente eleitoreira, para desviar o foco do PSDB de São Paulo com o tremsalão (sic). Se o PMDB da Bahia se pronunciou, problema deles. Eu acredito que essa é a motivação do PMDB da Bahia, como tentou fazer com a refinaria de Pasadena. É uma munição molhada e munição molhada dá xabu. O PMDB é uma federação de interesses particulares e não entendo o que o partido está querendo”, atacou Gabrielli. O BN entrou em contato com o presidente da sigla no estado, Geddel Vieira Lima, que respondeu sobre a motivação para lutar pela instalação da CPI da Petrobras. “Não é o PMDB da Bahia que quer, é o Brasil que acha conveniente. Acho que, como ele foi citado, também deveria querer uma CPI, oportunidade para mostrar que a denúncia seria louca. Não tem nada a ver com o doutor Gabrielli, que, aliás, está se achando importante demais. É uma importância que não tem para achar que o PMDB da Bahia está preocupado com ele. Ele está achando que tem mais importância do que o próprio PT da Bahia acredita que ele tem”, declarou Geddel, que concluiu com uma frase: “Quem não deve, não teme”.