Obras do Plano Safra Semiárido podem para ‘acabar com a indústria da seca’, aposta deputada
Apesar de não ter podido comparecer à cerimônia de lançamento do Plano Safra Semiárido, na última quinta-feira (4), em Salvador, em função de agenda parlamentar em Brasília, a deputada federal Alice Portugal (PCdoB-BA) se revela uma entusiasta da iniciativa. “É a primeira vez que se deflagra um plano tão abrangente voltado para as especificidades do Semiárido brasileiro, que engloba mais de mil municípios do País”, diz a parlamentar, que integra a base aliada ao governo de Dilma Rousseff. “O nosso é o semiárido mais chuvoso do planeta”, pontua, ao apostar que as obras estruturantes para garantir a segurança hídrica previstas no plano governamental serão definitivas para reduzir o impacto dos períodos de estiagem na vida de pequenos agricultores e "acabar com a indústria da seca". Alice acredita que as ações direcionadas para o território que se estende por nove estados brasileiros vão ajudar a reduzir as “desigualdades sociais e de gênero” que marcam esse bioma, também conhecido como caatinga. Ela alerta para o fato de “apesar de nessa região viverem 12% da população do Brasil, 58% dos brasileiros em situação de pobreza estão concentrados ali”, e enfatiza que a baixa distribuição de renda na região ainda é marcada pela desigualdade de gênero. “Os que ganham até um salário mínimo mensal perfazem mais de cinco milhões de pessoas (31,4%), das quais 47% são mulheres, dos 5,5% que obtêm uma renda entre dois a cinco salários mínimos, a maioria (67%) é de homens e dos parcos 0,15% com renda acima de 30 salários mínimos, apenas 18% são mulheres”, esclarece. A deputada defender que o déficit hídrico que castiga a região poderá ser minimizado com a implementação do Safra Semiárido.