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Ativistas criticam 'truculência' policial e planejam nova manifestação para sábado

Por Bárbara Souza

Ativistas criticam 'truculência' policial e planejam nova manifestação para sábado
Foto: Max Haack / Ag. Haack / Bahia Notícias
O objetivo de chegar “o mais perto possível" da Arena Fonte Nova, revelada ao Bahia Notícias no início da tarde desta quinta-feira (20) por Yuri Brito, um dos organizadores da caminhada em direção à Arena Fonte Nova, não foi alcançado como se pretendia, pacificamente. “A gente sabia que ia ter o confronto”, admitiu Valter Altino, ativista do Movimento Passe Livre em Salvador, mas ressaltou que “as pessoas só começaram a depredar depois que a polícia chegou com violência, mas tinha pessoas que foram com má intenção”. Bruno Pedra, que também integra o grupo que organizou a manifestação desta quinta, tem a mesma versão sobre os fatos. “Em nenhum momento a gente pensou que poderia acontecer isso. Eu não sei ainda como está aparecendo, mas sei que tudo começou depois que a polícia lançou bombas e veio com a cavalaria pra cima das pessoas”, disse Pedra, em entrevista ao BN, ao avaliar que a polícia “se excedeu bastante”. Outro integrante do MPL em Salvador, Pareta afirma que “eles induziram a passagem das pessoas”, ao se referir à atitude de policiais da tropa de choque que “abriram a barricada” quando os manifestantes se aproximaram do bloqueio, o que teria levado os ativistas a entenderem que podiam continuar a caminhada. “Como eles não disseram nada e abriram a barreira, as pessoas passaram pacificamente; aí eles começaram a jogar bombas e cavalaria em cima das pessoas”, contou ao BN. Apesar de sustentar que foi “a revolta com a truculência” que levou as pessoas a cometerem atos de vandalismo, o manifestante enfatiza que não aprova e considera que a indignação “não justifica” as depredações. “Eu confio na Polícia Militar baiana, mas não sabia que a tropa de choque estava preparada para matar. Eles não nos orientaram para que não descêssemos a ladeira da Concha e vieram para cima com bombas; nós subimos e eles encurralaram a gente”, descreveu Pareta. Ele disse que “estamos tentando articular um movimento para o sábado (22)”, dia da partida entre as seleções do Brasil e Itália na Arena Fonte Nova, e quando questionado acerca da expectativa sobre o desfecho da próxima marcha, se mostrou preocupado. “Seria uma outra caminhada de paz, mas diante do clima, as pessoas já vão tensas”, declara. “Tomara que a tropa de choque truculenta, mal educada e mal treinada da Bahia não esteja lá”, conclui.