Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias

Notícia

MGF acusa movimento de 'briga política'; Wagner: 'Eu só sei a realidade: a diretoria é hermética'

Por David Mendes

MGF acusa movimento de 'briga política'; Wagner: 'Eu só sei a realidade: a diretoria é hermética'
Foto: Divulgação
O deputado federal e presidente do Esporte Clube Bahia, Marcelo Guimarães Filho (PMDB), atribuiu a uma “briga política” o movimento “Bahia da Torcida”, lançado na última sexta-feira (19) na Arena Fonte Nova. O evento reuniu seis mil torcedores que exigiram a renúncia imediata do parlamentar-dirigente. “Querem se aproveitar politicamente de uma situação pontual do clube”, acusou, neste domingo (19), durante o programa “Nação Tricolor”, da rádio Excelsior. Na sua participação na emissora, MGF disparou contra políticos e autoridades que aderiram ao movimento criado pelo publicitário baiano Sidônio Palmeira. Apenas o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM) – apoiado no 2º turno das eleições de 2012 pelo PMDB –, foi poupado das críticas. O gestor soteropolitano chegou a gravar um vídeo e afirmar que “o Bahia é da Bahia”, o que, aparentemente, não desagradou o dirigente. Apesar de condenar o "mix" entre política partidária e futebol, o cartola manteve uma postura política durante a participação na emissora e fez duras críticas ao governador Jaques Wagner (PT) e seus aliados. "Eles deveriam dar explicações sobre os mensaleiros do PT, condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Eu não vi eles pedirem a saída dessas pessoas, pelo contrário, vi defendendo. Eu não pedi intervenção do governo [da Bahia] quando houve a greve da PM e quando os alunos ficaram sem aulas com a greve dos professores. (...) Nelson Pelegrino precisa explicar as mortes na Secretaria de Saúde, que até hoje não tiveram explicações. (...) Lídice da Mata, que é conhecida com a ‘Prefeita dos Ratos’, deixou a cidade no lixo e não pode falar sobre gestão. (...) Bobô, as famílias das setes pessoas que morreram na Fonte Nova devem falar por si sobre a gestão dele à frente da Subesb. (...) Tudo isso [o movimento] eu vejo como um proselitismo político. Não se deve misturar política com futebol”, disparou.

Foto: Manu Dias / Secom

Mas, para o governador Wagner, em entrevista ao Bahia Notícias durante a etapa da Stock Car deste domingo (19), em Salvador, a sua participação, inclusive com a gravação de um vídeo de apoio ao movimento, pode ser considerada como "dever" de um chefe de Estado, já que trata-se de um patrimônio da Bahia e dos amantes do futebol. “Não há melhor julgador do que aqueles que fazem o sucesso do time, que é a torcida, que enche estádios. Então, não tem nada a ver com política. Eu poderia simplesmente dizer que não me meteria, mas eu não estou me metendo como torcedor do Bahia, mas como torcedor do futebol baiano. É claro e nítido que a diretoria do Vitória é uma diretoria muito mais consistente, com muito mais permeabilidade de opiniões do que a diretora atual do Bahia. Eu não tenho nada contra Marcelo Guimarães Filho, pessoa física. Mas este patrimônio, que é dos baianos, a torcida do Bahia, merece o cuidado do chefe de Estado. Eu não estou aqui para disputar, não tenho candidato e não vou indicar ninguém. Eu só sei a realidade: o Bahia passa por uma fase ruim e a diretoria do Bahia é hermética”, criticou.