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Rio Jaguaribe sofre impactos de obra da Embasa e tem vida comprometida

Por Natália Falcón

Rio Jaguaribe sofre impactos de obra da Embasa e tem vida comprometida
O Rio Jaguaribe passa por diversos bairros de Salvador, entre eles o de Piatã, onde moradores de um condomínio na Rua Rio Trobogy denunciam os impactos negativos que seriam causados no afluente por uma obra da Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa). Entre as consequências está a eutrofização, nome dado ao excesso de substâncias na água, o que causa um aumento no número de algas e uma diminuição no oxigênio que resulta na morte dos peixes. Além do impacto na pesca, as queixas mencionam uma dragagem realizada eventualmente nas margens, que destroem a mata ciliar, situada nas bordas justamente para evitar o assoreamento. De acordo com um morador da região, o agrônomo Paulo Vilela, 35 anos, o rio não corre mais da forma apropriada e já foi protocolado um documento com a denúncia no Ministério Público, já que não há placas com informações sobre a licença ambiental. “Várias garças e outras aves que eram vistas com frequência, desapareceram”, pontua.

A assessoria de imprensa da Embasa informou que, no Trobogy, está em andamento a implantação de uma bacia de esgotamento sanitário, que compreende a escavação de uma vala para a tubulação que ligará a rede ao emissário submarino da Boca do Rio, mas ressaltou, que, apesar dos impactos, a construção é benéfica para o rio, que deixará de receber o lixo dos bairros no entorno. “Existe a rede de esgoto passando por 85% das áreas ocupadas de Salvador, mas alguns imóveis fazem ampliação e não ligam a rede”, explicou a assessora. O receio dos moradores é que o Jaguaribe seja coberto por cimento e asfalto, como aconteceu, por exemplo, com o Rio dos Seixos, na Avenida Centenário. “É a contramão do desenvolvimento sustentável do planeta. As cidades têm recuperado seus rios e os incorporado à paisagem urbana”, questiona o agrônomo.