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Operação Máscara Negra: PF investiga contratos de produtoras baianas no RN

Por Evilásio Júnior

Operação Máscara Negra: PF investiga contratos de produtoras baianas no RN
Promotor Ariomar Figueiredo fala sobre apuração | Foto: MP-BA
A Operação Máscara Negra, deflagrada pela Polícia Federal com o apoio do Ministério Público Estadual, devassou nesta terça-feira (9) os escritórios de quatro agências musicais baianas – três em Salvador e uma em Serrinha – em busca de documentos, contratos e computadores. A medida pretende fundamentar a apuração de superfaturamento de shows contratados por prefeituras do Rio Grande do Norte. O nome de duas empresas foram confirmados ao Bahia Notícias pelo coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e de Investigações Criminais (Gaeco), Ariomar Figueiredo: LevaNóiz Produções e Rafa Produções Musicais, que alegam ter firmado convênio com o Município de Guamaré (RN), no carnaval de 2012, por meio de uma empresa terceirizada.

O promotor justificou ao BN que não pode confirmar quais são as outras produtoras porque "estavam em nome de pessoas físicas", entre elas a situada no interior. No entanto, ele esclareceu que dois dos quatro endereços indicados nos mandados de busca e apreensão, expedidos pela Vara de Justiça de Macau (a 130 quilômetros de Guamaré), pertenciam a um mesmo grupo. 

Segundo o promotor Ariomar Figueiredo, o material apreendido é "muito grande" e todo o volume será encaminhado ao MP-RN. O coordenador do Gaeco pontua que, com a inquirição aos cinco escritórios das quatro instituições investigadas, incorreções de outras produtoras podem ser descobertas. "Se em um local havia documentos de 10 empresas, todos foram arrecadados. Em um determinado endereço, por exemplo, tinha documentação de duas ou três empresas. Tem muito documento e computadores. Tudo tem que ser analisado ponto a ponto e, por isso, foi encaminhado para o Rio Grande do Norte, a fim de ser periciado e ter o resultado. São casos de superfaturamento. Tinham prefeituras que estariam se valendo de valores absurdos em pagamentos de show, mas qualquer antecipação é leviana antes da análise", avaliou Figueiredo, ao pontuar que a Vara de Macau engloba outras prefeituras, o que pode desvendar desvios em outras localidades. Em Guamaré, conforme a promotoria potiguar, foram gastos mais de R$ 6 milhões em festas só no ano passado, enquanto Macau chega à cifra de R$ 7 milhões de 2008 a 2012. Atrações baianas como Fantasmão, Ricardo Chaves, Chicabana, Bonde do Maluco, Tatau, Fantasmão, Duas Medidas, Rapazzolla, Phaphirô e Voa Dois também fizeram shows nas duas cidades no ano anterior.