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Câmara de Salvador cria setor para ‘defender honra’ da Casa; titular vai receber R$ 9,4 mil

Por Bárbara Souza

Câmara de Salvador cria setor para ‘defender honra’ da Casa; titular vai receber R$ 9,4 mil
Foto: Max Haack/ Ag. Haack / Bahia Notícias
A resolução 2.281/2013 da Mesa da Câmara Municipal de Salvador (CMS), publicada no Diário Oficial do Legislativo no último dia 14 de março, cria a Procuradoria Parlamentar, “cuja finalidade é a de promover, em colaboração com ela [a Mesa Diretora] e por sua determinação, a defesa perante a sociedade, da Câmara, de suas funções institucionais e de seus órgãos e integrantes, quando atingidos em sua honra ou imagem”. Na prática, o ato oficial institui um novo cargo para o qual será indicado um vereador, “designado pelo Presidente da Câmara, para mandato de dois anos, renovável por igual período”. O escolhido para o posto de procurador parlamentar receberá nada menos que R$ 9.440,00 mensais. A informação sobre a remuneração, no entanto, não é citada na resolução, que informa apenas, no artigo 2º, que “a pontuação da Procuradoria Parlamentar corresponderá a atribuída à 3ª Secretaria da Mesa”, ou seja 40 pontos. Cada ponto corresponde a R$ 236,00. Procurado pelo Bahia Notícias, o presidente da CMS, Paulo Câmara (PSDB), afirmou que a criação da Procuradoria Parlamentar “foi uma demanda levada à Mesa Diretora”. Indagado sobre quem encaminhou a demanda à Mesa, ele disse que foi “a própria Mesa” e não “o vereador A ou B”. Segundo ele, a área será instituída “para igualar às outras casas legislativas [Câmara Federal e Assembleia Legislativa]” e vai ser ocupada pelo vereador Alberto Braga (PSC), informou ao BN, ao ressaltar que a indicação do edil foi uma decisão consensual dos integrantes da direção da Casa.  Paulo Câmara não vê problema no pagamento de R$9.440,00 mensais ao novo cargo. “Ele não vai receber aumento de salário”, defende o presidente do Legislativo, ao argumentar que o dinheiro será destinado “à estrutura do cargo”. Segundo o tucano, o procurador “tem que nomear assessor” e não poderá embolsar a verba.

De acordo com a resolução 2.281, entre as atribuições do procurador está a de “providenciar ampla publicidade reparadora de matéria ofensiva à Câmara ou a seus integrantes, veiculada por órgão de comunicação ou imprensa, sem prejuízo da divulgação a que este estiver sujeito, por força de lei ou de decisão judicial”. Questionado se não representa uma redundância do papel da assessoria de comunicação e da Procuradoria Jurídica da Casa, Paulo Câmara garante que não haverá duplicidade de funções. “Não se confunde nem com a Ascom nem com o Projur”, declarou, ao afirmar que o procurador será uma “espécie de porta-voz” dos vereadores e defenderá a “honra” da Câmara por meio de “pronunciamentos no plenário e, por exemplo, a visita aos veículos de comunicação”. O vereador confirmou que a criação da Procuradoria Parlamentar não está prevista no regimento interno da Câmara de Salvador.