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Professores de Salvador rejeitam íntegra do programa Alfa e Beto e farão 'Dia da Devolução'

Por Aparecido Silva / Evilásio Júnior

Professores de Salvador rejeitam íntegra do programa Alfa e Beto e farão 'Dia da Devolução'
Foto: Divulgação/ APLB
Os professores da Rede Municipal de Ensino avaliaram as contrapropostas apresentadas pela Secretaria de Educação de Salvador (Smed), em assembleia realizada na tarde desta terça-feira (5), e optaram, entre outros pontos, pela rejeição completa do programa Alfa e Beto. Os trabalhadores fizeram uma paralisação de 48h no mês passado em oposição às mudanças implementadas pela gestão do prefeito ACM Neto (DEM). O projeto contratado pela prefeitura soteropolitana por R$ 12,3 milhões, com dispensa licitação, havia sido posto pela Smed como alternativa, após polêmica de que o material possuía conteúdo racista e sexista, além de ser inadequado pedagogicamente. “É importante que a secretaria entenda que não basta dizer que o método vai ser optativo e que os professores podem escolher. A categoria já escolheu e é a rejeição do Alfa e Beto”, avisou Marilene Betros, diretora do departamento jurídico da APLB-Sindicato, em entrevista ao Bahia Notícias. Segundo ela, o Ministério Público Estadual, que já pediu a documentação, deve investigar a contratação do programa e exigir que o Executivo responda pela adoção da medida. Entre os tópicos tratados no encontro, ficou acertado também que até o final de março será encaminhado à Secretaria Municipal de Gestão (Semge) uma solicitação de contratação de novos coordenadores e professores. Outra questão aprovada na assembleia é a de que a APLB e a administração municipal passarão a discutir o retorno da execução de programas que tiveram êxito no setor, mas foram ignorados com a implementação do Alfa e Beto. Os docentes cobram ainda uma retratação pública do secretário João Carlos Bacelar por ter declarado que não há aulas na escolas administradas pela prefeitura às sextas-feiras. Na próxima quinta (7), às 10h, na sede da pasta, os professores devolverão os livros do programa ao secretário, em um ato público denominado "Dia da Devolução". A reportagem tentou contato com Bacelar para indagá-lo sobre o destino do convênio e dos R$ 12,3 milhões, em virtude do não uso do material contratado, mas as ligações não foram atendidas.