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Targino pedirá desfiliação do PSC: 'Mudança inviabiliza permanência nas suas fileiras'

Por Evilásio Júnior

Targino pedirá desfiliação do PSC: 'Mudança inviabiliza permanência nas suas fileiras'
Foto: Max Haack/ Ag. Haack/ Bahia Notícias
Os dias do deputado estadual Targino Machado – um dos principais opositores do governo na Assembleia Legislativa da Bahia – no PSC estão próximos do fim. Em entrevista ao Bahia Notícias, o parlamentar admitiu que a adesão da legenda à base de apoio à administração de Jaques Wagner foi determinante para ele buscar a saída na Justiça Eleitoral. "Não se discute fato, o PSC está na base. O namoro demorou mais do que uma gestação. Tenho com o meu partido uma relação elegante, respeitosa e, creia, estou triste com essa mudança, porque inviabiliza a minha permanência nas suas fileiras", declarou. Targino disse que "imaginava" a sigla como o seu "derradeiro partido". "Por isso estou a lamentar a mudança ocorrida, porque participamos de uma campanha em 2010 defendendo outras ideias e outro projeto para a Bahia, diferente do abraço que hoje dá o partido no governo", considerou. Como dificuldade à sua permanência, Targino avaliou não ter "condição de rasgar" a sua história "e aderir a um governo do qual, creio, tenho sido na Assembleia Legislativa da Bahia o maior crítico". "Tenho que, infelizmente, buscar o remédio jurídico junto ao Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) objetivando conseguir a minha desfiliação do partido por justa causa. Creio que este é o único caminho que me resta, porque estou submetido a risco de dificílima reparação se não adotar esta via", avaliou.

Líder da agremiação na AL-BA, Targino Machado crê estar "impedido de exercer" seu mandato "com verdade". "Pois eu e o partido temos hoje pensamentos e posições distintas. Não posso estar em um partido cujo controle das suas ações e dos seus posicionamentos está nas mãos do governador, que comigo litiga judicialmente, pois aforou contra mim duas ações", recordou. Segundo ele, devido à querela jurídica com o chefe do Executivo baiano, se ele ficasse, poderia não conseguir se candidatar à reeleição. "É público que, no período eleitoral, as coligações para as eleições proporcionais são necessárias para a sobrevivência dos partidos, que precisam nelas se agrupar. Ocorre que o governo não irá permitir coligação com o PSC, se filiado eu estiver a ele, pois assim contribuirá com minha eleição. Ao contrário, com certeza, o governador apresentará um veto à minha candidatura", estimou. Ele lamentou ainda que a inexistência de "candidatura nata" poderá prejudicá-lo. "As convenções partidárias são soberanas para escolher candidatos e, como não tenho eu maioria em referido colegiado, portanto, estou em verdadeira saia justa precisando tomar a atitude que anuncio. Rogo a Deus e aos homens que, no futuro, tenhamos uma legislação eleitoral que não permita que fatos como esses ocorram, porque instalou-se no Brasil uma ditadura partidária", acredita. Emocionado, o deputado avisou que só recuará se for impedido pelo TRE. "Não sairei do meu partido atirando e dirigindo-lhe críticas porque tenho por ele amor e respeito. Essas coisas passarão, uma nova legislação se instalará nesse país e espero que o PSC, com o seu ideário, ainda possa colaborar muito com a vida dos baianos e dos brasileiros. Se conseguir a minha carta de alforria, levarei no peito saudades do meu partido, dos seus filiados e da sua direção", concluiu. O destino de Targino Machado pode ser o DEM, o PTN, o PSDB ou até mesmo o PMDB, sua antiga morada.