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Debate sobre débitos da prefeitura com servidores de creches termina em bate-boca

Por Evilásio Júnior

Debate sobre débitos da prefeitura com servidores de creches termina em bate-boca
Fotos: Max Haack/ Ag. Haack/ Bahia Notícias | Antônio Queirós/CMS
A primeira sessão legislativa de 2013 na Câmara Municipal de Salvador, nesta segunda-feira (4), terminou em bate-boca e derrota para a bancada de apoio ao prefeito ACM Neto (DEM). Enquanto os servidores terceirizados que atuam nas creches da prefeitura protestavam no plenário Cosme de Farias contra o atraso dos salários de novembro, dezembro e décimo terceiro, as bancadas de governo e oposição entraram em choque. Em meio aos gritos de "Fora Bacelar, já chegou a sua hora", em referência ao secretário de Educação, João Carlos Bacelar, de um lado, o líder da minoria, Gilmar Santiago (PT), cobrava a quitação do débito, com o argumento de que o decreto que veta o pagamento de dívidas anteriores é "criminoso". Do outro, o líder do DEM, Léo Prates, tentava assegurar que não haverá calote, ao proclamar que "a marca dessa gestão será o pagamento em dia dos trabalhadores". No calor da discussão, os dois vereadores chegaram a colocar o dedo em riste um para o outro. "Ele me procurou, logo no início da legislatura, para intermediar a situação dos terceirizados da Educação. O prefeito retornou e disse que pagaria janeiro normalmente, rigorosamente em dia [até o quinto dia útil], e os débitos do passado seriam pagos ou a totalidade ou dois dos três atrasados, conforme a capacidade de endividamento do Município, entre 18 e 22, ou seja, seis ou sete dias úteis. Sentei com ele, expliquei e hoje ele monta isso aí. Se aproveitou do sofrimento dos trabalhadores", lamentou Prates, em entrevista ao Bahia Notícias, ao explicar o confronto: "Ele levantou o dedo e eu levantei também. Ficou elas por elas. Ele veio com tom duro e eu respondi. Mas não tenho problema nenhum com o vereador Gilmar".

Na sequência, mais um tumulto. Com o objetivo de apagar o incêndio – isto é, encerrar a sessão –, o líder da maioria, Joceval Rodrigues (PPS), propôs a criação de uma comissão suprapartidária para acompanhar os funcionários na "visita" ao Palácio Thomé de Souza. Após derrota de 16 a 13, os governistas tiveram que engolir a continuidade das manifestações contra Neto e Bacelar. Depois do arranca-rabo, Prates seguiu para a sede da administração soteropolitana ao lado dos oposicionistas Sílvio Humberto (PSB) e Suíca (PT). Lá, foi ratificada a mesma promessa feita pelo democrata em plenário: na prática, os trabalhadores das creches municipais passarão o carnaval sem o pão, só com o circo.