O ex-ministro da Integração e atual vice-presidente jurídico da Caixa Econômica, Geddel Vieira Lima (PMDB), disparou críticas ao assessor do deputado Henrique Alves (PMDB-RN), candidato à presidência da Câmara Federal. Segundo Geddel, Francisco Bruzzi, especialista em emendas ao Orçamento da União, é um “batedor de carteira de dinheiro público” e deve ir para a cadeia. O nome de Bruzzi veio à tona neste fim de semana após reportagem da Época que trata de acusações de pagamento de propina contra Alves e Renan Calheiros. A publicação revela detalhes da Operação Navalha, deflagrada em 2007 pela Polícia Federal, que investigou um esquema de desvio de verbas públicas comandado pelo empreiteiro Zuleido Veras, da empresa Gautama. Segundo a notícia, a Gautama relacionava-se com assessores dos parlamentares. Entre eles, Francisco Bruzzi, citado ora como “braço direito” de Henrique Alves ora como “operador fundamental no esquema de Zuleido”. Para liberar verbas federais de uma obra em Alagoas, Zuleido teria recorrido a Bruzzi. O governo alagoano estava com pendências no Ministério da Integração Nacional, na época comandado por Geddel. A PF descobriu que, em reunião com o empreiteiro, o assessor de Henrique Alves informou-lhe que conseguira eliminar na pasta da Integração as restrições que travavam o escoamento das verbas. No microblog Twitter, o peemedebista baiano diz que "uma denúncia como essa da Época exige o imediato afastamento desse tal de Bruzzi. Essa figura macula o PMDB".
