Três em cada dez soteropolitanos consideram 'ruim ou péssimo' o atendimento nos bancos

Uma pesquisa realizada para medir a qualidade do atendimento de diversos serviços prestados em Salvador mostra que os bancos são os que têm os piores índices de aprovação entre os soteropolitanos. Segundo o Instituto Futura, responsável pela consulta, quase 40% dos entrevistados consideram os serviços bancários ruins ou péssimos. Apenas 24,6% consideram que os bancos têm um bom atendimento. De acordo com reportagem do Correio, o resultado da pesquisa não chegou a surpreender o Sindicato dos Bancários da Bahia (SBBA). A entidade acredita que o mau atendimento é motivado pela estrutura deficitária das empresas. De acordo com o vice-presidente do sindicato, Augusto Vasconcelos, o aumento significativo da clientela bancária nos últimos anos e a redução do número de funcionários nas agências são dois dos principais motivos para o desgaste da imagem do atendimento. “Não há quem dê conta. Na década de 1990 existiam mais de 800 mil bancários no país. Em 2002, isso caiu para 400 mil”, explicou Augusto. “Enquanto isso, todo mundo passou a ter conta em banco”, justificou. Segundo ele, ao mesmo tempo que o trabalho aumentou, a pressão para bater metas seguiu o mesmo rumo. “Como é que o cara vai trabalhar feliz da vida se tem que bater uma meta imbatível e ainda precisa vender os produtos dos bancos?”, questiona. No ranking geral, com 73,8%, as baianas de acarajé são as melhores atendentes, seguidas dos garçons (54,3%), taxistas (48,6%), cobradores de ônibus (36,7%), policiais (30,9%) e servidores públicos (29,4%). Por último, estão os bancos. Apenas 26,4% dos entrevistados acham que as instituições atendem pelo menos bem. No total, 401 pessoas foram entrevistadas.