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‘Medicina Legal’: Prefeituras de Encruzilhada, Barra do Choça, Condeúba e Itarantim serão investigadas

Por David Mendes

‘Medicina Legal’: Prefeituras de Encruzilhada, Barra do Choça, Condeúba e Itarantim serão investigadas
Delegado da PF que cuida da operação tomou posse nesta segunda |BlogdoAnderson
A operação da Polícia Federal (PF), deflagrada na manhã desta terça-feira (11) no sudoeste da Bahia, cumpriu oito mandados de busca e apreensão em residências e escritórios de Vitória da Conquista e Encruzilhada. De acordo com o delegado da PF em Conquista, Rodrigo Souza Kolbe, em entrevista ao Bahia Notícias, a empresa investigada, com sede registrada em uma garagem residencial em Encruzilhada, fornecia serviços médicos às prefeituras da cidade, Barra do Choça, Condeúba e Itarantim. Conforme explicou o chefe do departamento da PF, através de licitação, possivelmente fraudulenta, as administrações contratavam a empresa para o fornecimento de profissionais das diversas especialidades médicas para atuar nos hospitais municipais e postos de saúde. “Eu não posso dizer que tenho elementos hoje para afirmar se as prefeituras participaram. Há um indício de fraude, porque as prefeituras realizaram as licitações, mas a empresa, apenas, pode ser a fraudadora”, afirmou Kolbe. Entre as incorreções detectadas, está o pagamento a médicos de horas a mais do que o tempo trabalhado. “Temos provas de que a empresa declarava pagamento por 36 horas, por exemplo, mas o médico só trabalhava 24h”, relatou, ao descartar qualquer participação dos profissionais contratados. “Pelo contrário, as investigações começaram após diversas denúncias feitas pelos médicos”, afirmou. Já a Receita Federal, que também participou da ação junto com o Ministério Público Federal (MPF), aponta que a companhia também sonegava impostos. “A empresa não declarava o Imposto de Renda dos médicos e não liberava os documentos, como contracheque ou comprovante de rendimento anual para realização da declaração do IR. Eles se negavam a entregar e só faziam após ameaças dos trabalhadores”, declarou. Os acusados não tiveram os nomes divulgados. "Daremos entrada em um pedido de improbidade administrativa contra todos os envolvidos", concluiu Kolbe.