Camaçari: Luta contra lixo tóxico une populares, ambientalistas, governo e oposição

Governo e oposição de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), se uniram contra a vinda de toneladas de lixo tóxico de São Paulo para o município. O material é comprovadamente cancerígeno. Em reunião na noite desta segunda-feira (26), cerca de 200 ambientalistas, além de lideranças comunitárias e representantes de movimentos populares, criaram um fórum suprapartidário como forma de intensificar a luta. Dentre as propostas apresentadas pelos participantes estão a realização de um protesto em frente à Cetrel, empresa contratada pela Rhodia para queimar o lixo tóxico. Um abaixo-assinado, uma campanha junto aos meios de comunicação e uma carta aberta para a sociedade também foram propostas, além da realização de uma audiência pública na Assembleia Legislativa e na Câmara de Vereadores, já previstas. Segundo a deputada estadual Luiza Maia (PT), o povo não aceita que Camaçari vire cemitério de material danoso. “O governo do Estado suspendeu o transporte e a queima de qualquer material tóxico no município. Mas vamos lutar até o fim para que afastemos definitivamente essa ameaça”, disse. Com duas horas de duração, a reunião contou com a presença dos atuais vereadores Marcelino (PT), Carmem (PSD) e Elinaldo (DEM), dos edis eleitos Otaviano Maia (PT), Professora Patrícia, Jackson (PV) e Júnior Borges (DEM) e das entidades Coqueiro Solidário, Instituto Arborize e o Movimento SOS Rio Capivara.