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Operação Porto Seguro: Para Imbassahy, Wagner tem 'obrigação' de esclarecer contato com indiciada pela PF

Por Evilásio Júnior

Operação Porto Seguro: Para Imbassahy, Wagner tem 'obrigação' de esclarecer contato com indiciada pela PF
Foto: Elton Bonfim / Ag. Câmara
O deputado federal Antônio Imbassahy (PSDB) engrossou o caldo entornado pelo colega de Congresso Lúcio Vieira Lima (PMDB), que cobra do governador Jaques Wagner uma explicação sobre o contato que manteve com a ex-chefe do escritório da Presidência em São Paulo Rosemary Noronha. Ela foi demitida neste sábado (24) pela presidente Dilma Rousseff após ser indiciada por supostamente realizar fraudes em pareceres técnicos de órgãos públicos, reveladas pela Operação Porto Seguro, da Polícia Federal, que a apontou como "peça chave" do esquema. De acordo com a PF, há três anos, Rosemary teria agendado, a pedido de Paulo Rodrigues Vieira, diretor da Agência Nacional de Águas (ANA), preso como líder da quadrilha, uma reunião de empresários com Wagner. Para Imbassahy, que citou o descontentamento do petista com o julgamento do mensalão como "abertura de precedente", o chefe do Executivo baiano tem a "obrigação" de prestar esclarecimentos. "Na hora em que autoridades, inclusive o próprio governador, manifestam contrariedade à decisão da Corte cria-se um ambiente para que práticas negativas prossigam. Agora, eu acho fundamental que o governador deixe tudo claro para que a Bahia não seja envolvida nesse novo escândalo. Até porque, não é justo que muitos empresários baianos não consigam audiência com o governador e uma funcionária dessas tenha facilidade em conseguir essas audiências", comparou o tucano, em entrevista ao Bahia Notícias. A relação de Rosemary com políticos baianos, segundo as investigações, não se restringe a Wagner. Conforme a PF, o diretor da ANA e o seu irmão, Marcelo Vieira, também detido na ação, pediram à chefe da Presidência em SP que intermediasse um encontro para que eles fossem apresentados ao ex-senador César Borges (PR), antes de ele assumir a vice-presidência de Governo do Banco do Brasil, em maio deste ano. Assim como o governador, o republicano também não se pronunciou publicamente sobre ter o nome citado nas escutas telefônicas autorizadas pela Justiça. Em troca de tais favores, Rosemary teria recebido viagens de navio, apoio jurídico para conseguir se divorciar, empregos para amigos e até pagamento de cirurgia.