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Marca Bahia Notícias

Notícia

Ministério Público poderá ser proibido de investigar casos de corrupção

Ministério Público poderá ser proibido de investigar casos de corrupção
Projeto que tramita no Congresso limita poderes do MP
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, classificou nesta quinta-feira (22) como um atentado ao Estado democrático a aprovação da proposta, que tramita no Congresso, de acabar com o poder de investigação do Ministério Público. “Quem pagará por isso será a sociedade, que perderá um veiculo, uma instituição de investigação”, criticou. As declarações de Gurgel ocorreram um dia após a Comissão Especial da Câmara aprovar um projeto que altera a Constituição e exclui o poder de investigação do Ministério Público. Para entrar em vigor, as novas regras ainda precisam passar pelo plenário da Casa e pelo Senado. Durante a discussão na Comissão Especial, o relator da proposta, deputado Fábio Trad (PMDB-MS), chegou a apresentar um texto em que mantinha o poder do MP para atuar em crimes contra a administração pública, praticados por políticos ou agentes públicos. O órgão também poderia atuar nas investigações contra organizações criminosas. Mas, uma emenda apresentada pelo deputado Bernardo de Vasconcellos Moreira (PR-MG), aprovada pela maioria, eliminou essas atribuições e atribuiu exclusivamente às Polícias Federal e Civil a competência para a investigação criminal. “Não pode haver concentração de poder. O poder de investigar e o de denunciar que tem o Ministério Público é algo equivocado”, justificou Moreira. Trad lamentou a aprovação da emenda. “Agora nem subsidiariamente nem de forma residual ou complementar o MP poderá atuar nas investigações, o que é lamentável”, disse Gurgel. O presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República, Alexandre Camanho de Assis, criticou a votação da matéria. “Há competição da polícia em termos de conseguir prerrogativas de MP e de Judiciário. Duvido muito que um projeto dessa índole frutifique em cenários mais democráticos”, comparou.