Kertész justifica apoio a Pelegrino por não ser ‘murista’: ‘O povo de Salvador não me quis’
Por David Mendes / Evilásio Júnior
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O candidato derrotado à prefeitura de Salvador, Mário Kertész, oficializou, na manhã desta quinta-feira (11), na sede do Grupo Metrópole, em Pernambués, o apoio ao petista Nelson Pelegrino. Em coletiva de imprensa, o ex-peemedebista fez questão de salientar que já pediu desfiliação do partido e não deixou de cutucar o maior líder do PMDB na Bahia, Geddel Vieira Lima, que preferiu seguir com ACM Neto (DEM). “Foi uma decisão política que ele [Geddel] avaliou como coisa importante para a carreira dele. A minha decisão foi porque estou preocupado com Salvador”, justificou o radialista, ao emendar que “não tem qualquer mágoa” nem com Lúcio nem com Geddel. Kertész confirmou a notícia de que recebeu o telefonema do ex-presidente Lula, mas na terça (9) também conversou com Neto “por horas” na sede da rádio e, após decidir ficar com Pelegrino, voltou a contatá-lo por telefone para comunicar o fato. Segundo ele, o motivo de escolher trilhar com o PT não foi baseado em interesses políticos e sim na importância do alinhamento entre os governos federal, estadual e municipal para a cidade. “Declaro meu apoio publicamente a Nelson Pelegrino. Não pedi nada a ele, não aceito nenhum cargo na prefeitura e não quero. O povo de Salvador não me quis. Algumas pessoas chegaram a me pedir para eu ficar de fora, não apoiar ninguém, mas eu nunca fiquei em cima do muro, nunca fui ‘murista’. Sempre assumi uma posição, mesmo pagando um preço às vezes ou ganhando outras”, conjeturou. Mário Kertész disse que sairá “de folga”, a partir desta quinta, mas não revelou para onde irá. Antes disso, ele gravará mensagem para o programa eleitoral de Pelegrino, mas não participará ativamente nem dará palpite na campanha.