Eliana Calmon se despede do CNJ sem conseguir processar juízes

A ministra Eliana Calmon se despediu nesta terça-feira (4) do cargo de corregedora nacional de Justiça sem conseguir abrir processos contra juízes e desembargadores suspeitos de envolvimento em omissões, irregularidades e atos de corrupção. Dez pedidos de vista feitos por membros do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) impossibilitaram ao órgão adotar medidas referentes, por exemplo, à incompatibilidade de rendimentos com o patrimônio de magistrados. Em um dos casos, Eliana afirmou que um desembargador do Mato Grosso do Sul não conseguiu explicar de forma satisfatória sua movimentação patrimonial, entre 2003 e 2008, com créditos de R$ 33 milhões. Devido aos pedidos de vista, as decisões sobre abertura de processos foram adiadas e os casos serão assumidos pelo futuro corregedor, Francisco Falcão, que assume o cargo a partir desta quinta (6). A exemplo de Eliana, ele integra o Superior Tribunal de Justiça (STJ). Informações do Estadão.