Aderbal Caldas pede a Nilo para não fazer parte do Conselho de Ética e depois recua
Por Rodrigo Aguiar
Foto: Rodrigo Aguiar / Bahia Notícias
Após ter o seu nome indicado para fazer parte do Conselho de Ética da Assembleia Legislativa da Bahia, o deputado estadual Aderbal Caldas (PP) pediu ao presidente da Casa, deputado Marcelo Nilo (PDT), para não integrar o colegiado. A solicitação foi feita à porta de um dos elevadores da AL-BA, quando Nilo aguardava para subir até seu gabinete. Ao saber da insatisfação de Caldas, que mencionou um possível desconforto em julgar os colegas, o pedetista argumentou com o deputado a fim de convencê-lo a ficar no conselho. Diante dos argumentos de Nilo e também alertado por ele sobre a presença da reportagem, o pepista recuou rapidamente e aceitou a tarefa. Além disso, citou características suas que o credenciariam para preencher o posto. “Eu sou rigoroso demais, inflexível. Eu posso votar até contra mim”, exemplificou. Caldas disse ainda que, mesmo “molhado de lágrimas”, seria capaz de punir algum familiar, se preciso. Ele evitou, no entanto, comentar o caso do deputado Roberto Carlos (PDT), indiciado pela Polícia Federal por formação de quadrilha, peculato, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro, ao lado de oito funcionários que seriam “fantasmas” em seu gabinete. “Não conheço o caso o suficiente”, se esquivou. A PF pediu ainda o afastamento do parlamentar.