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Otto critica paralisação federal e condena não votação da Lei de Greve: 'Gostaria de estar no Congresso'

Por Evilásio Júnior

Otto critica paralisação federal e condena não votação da Lei de Greve: 'Gostaria de estar no Congresso'
Foto: Max Haack / Ag. Haack / Bahia Notícias
O vice-governador Otto Alencar, presidente do PSD baiano, atribuiu a paralisação de 28 categorias federais à “inoperância” do Senado e da Câmara Federal. Para ele, a falta de regulamentação da Lei de Greve, prevista na reforma da legislação trabalhista do país, é a principal responsável pelo entrave que já causou mais de R$ 1 bilhão de prejuízo à economia brasileira. “Na minha opinião, o Congresso é de uma omissão muito grande para com o Brasil. É claro que tem que ser preservado o direito da greve, mas deve se estabelecer deveres para o funcionamento do país, sobretudo nos serviços essenciais, como segurança, saúde, educação e vigilância sanitária. Existe uma norma trabalhista para funcionários da iniciativa privada mais inflexível, mais dura, com direito e deveres. A legislação que regula o trabalho do funcionalismo público estabelece plenos direitos e mínimos deveres”, criticou, em entrevista ao Bahia Notícias, ao condenar a perda de arrecadação, o impacto na balança comercial e o aumento da inflação. Sem admitir que poderá se candidatar ao Senado em 2014, Alencar se mostrou motivado em ingressar no Legislativo para ajudar a desatar o nó em Brasília. “Eu, na verdade, digo que gostaria de estar no Congresso para trabalhar muito e ajudar a fazer as reformas. Não só a reforma trabalhista, mas a reforma tributária, politica e do Código Penal, que está aí desde 1941. O Congresso Nacional precisa acordar para aprovar a legislação que o país precisa. A legislação que está aí é caduca, atrasada e burocrática”, sentenciou. Para o vice-governador, até a estratégia da presidente da República, Dilma Rousseff – que liberou cerca de R$ 3 bilhões do Imposto de Renda para incrementar o poder de compra da população e enfrentar o colapso financeiro mundial –, está comprometida, pois teria sido “emparedada pelo sindicalismo”. “O prejuízo que o país vai ter com a greve dos funcionários federais, sobretudo da Receita, dos policiais federais e da Anvisa é inestimável. Os navios estão sem poder atracar nos portos porque a Anvisa não libera. Isso vai comprometer a balança comercial. No momento de crise internacional, a greve é inconsequente. Considero uma falta de brasilidade e de patriotismo. Os produtos perecíveis não podem esperar, sobretudo os da fruticultura. O prejuízo é incalculável e ninguém mais do que o funcionário público sabe disso”, avaliou, ao alertar a possibilidade, com a queda no volume de exportações e importações, de desemprego e escassez na geração de emprego e renda. Embora a controvérsia, ele destaca a capacidade de a nação se reerguer. “Eu confio no Brasil e no povo brasileiro. Apesar de a legislação atrapalhar, o brasileiro é que nem filho de pessoas pobres que nascem com genialidade. A adversidade não impede o sucesso”, comparou. Segundo Otto Alencar, o quadro adverso já fez a Bahia perder, em julho, R$ 30 milhões do Fundo de Participação dos Estados (FPE).