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JH declara voto em vereador do PTN e causa ‘ciumeira’ no PP

Por Evilásio Júnior

JH declara voto em vereador do PTN e causa ‘ciumeira’ no PP
Fotos: Max Haack / Ag. Haack / Bahia Notícias
O que parecia um mero evento para lançar o comitê de campanha do vereador Geraldo Júnior (PTN), na manhã do último sábado (4), na Avenida Vasco da Gama, em Salvador, se transformou em um abacaxi de caroço para o PP. Tudo porque, no evento, o prefeito João Henrique, que é presidente municipal pepista, arrebatou o microfone e, sem rodeios, alardeou aos presentes que votaria no aliado, que é vice-líder do governo na Câmara, mas também comanda o seu partido na capital baiana. “Foi. Ele disse que votaria. Quem não quer o voto do prefeito?”, confirmou Geraldo, em entrevista ao Bahia Notícias. O anúncio de JH não só repercutiu como causou ciumeira entre os candidatos da sigla, sobretudo os que têm mandato e tentam a reeleição.

O vereador Orlando Palhinha, vice-presidente do PP soteropolitano, esperava outra postura do alcaide. “Causou ciumeira, claro. Como aliado há sete anos e meio, eu vejo a declaração com perplexidade. Eu sempre dei sustentação a ele e julgo ser merecedor do apoio. Sem desqualificar o trabalho do vereador Geraldo Júnior, ele tem apenas 1,7 ano de Casa. Nós, do PP, não merecíamos uma atitude como essa. Mas o tempo é o senhor da razão”, avaliou Palhinha, em entrevista ao Bahia Notícias. Outro correligionário de JH, Laudelino Lau, embora argumente que o prefeito, como cidadão, tem o “livre arbítrio de declarar voto em quem quer que seja”, considerou a postura do gestor “incoerente”. “Não vejo como algo tão relevante, mas nós nos sentimos desprestigiados, até porque ele é nosso correligionário. Ele não é meu eleitor, mas acho que poderia ter sido mais comedido na sua manifestação. O prefeito tem mais de 30 vereadores na base que contam indiretamente com o seu apoio. Acredito que tenha sido no momento de efervescência e que ele deve rever esse posicionamento. Senão, caberá à direção do partido tomar alguma posição”, ponderou o edil. Já Jorge Jambeiro, que disse contar com os votos de médicos e das comunidades de São Caetano e Cajazeiras para garantir a eleição, não ficou surpreso com a exposição de JH. “Não faz muita diferença. Eu não esperava o voto do prefeito mesmo. Ele é muito ligado ao PTN e ao vereador Geraldo Júnior. Agora, se eu fosse ele, não faria isso. Seria mais lógico até que ele votasse em Téo Senna (PTC) que, apesar de não ser do PP, é o líder do governo. Acho que é do jogo”, minimizou. Apesar de o PP fazer parte da coligação do prefeiturável Nelson Pelegrino, tanto na chapa majoritária quanto na proporcional, João Henrique não se posicionou sobre a sucessão. Até agora, o seu único movimento na campanha foi “liberar” o PTN para marchar com ACM Neto (DEM), que o ajudou a vencer o segundo turno do pleito de 2008. Ex-pedetista e ex-peemedebista, não está descartada a saída de JH dos quadros pepistas para ingressar no PTN após as eleições.