Negromonte Jr. lança campanha em prol do seu projeto para 'cacetinho baiano'
Por David Mendes
Lançamento da campanha foi em Cruz das Almas |Foto: Divulgação
A polêmica em torno da adição de 10% de fécula de mandioca no pão produzido na Bahia, o “cacetinho baiano”, deverá ter novos capítulos nos próximos dias. O deputado estadual Mário Negromonte Júnior (PP), que comprou briga com o Sindicato dos Panificadores da Bahia (Sindipan) para que a ideia se torne lei, lançou nesta quinta-feira (26) a campanha “Diga Sim” à adição de 10% de fécula da mandioca na fabricação do pão francês baiano. O lançamento foi em Cruz das Almas, no Recôncavo baiano, região conhecida pelo potencial da mandiocultura. O evento contou com a presença de lideranças políticas, produtores de mandioca de toda a região e do estado, além de representantes da Secretaria Estadual da Agricultura (Seagri), da Empresa Brasileira de Produção Agrícola (Embrapa) e do Ministério da Agricultura. “Hoje foi o dia em que o Recôncavo baiano disse sim ao projeto do pãozinho baiano. Com o aumento no preço do trigo e do pão francês, a sociedade tem feito um apelo para que esse projeto seja votado o quanto antes, para ter a opção de comprar um pão mais saudável e com um preço mais em conta”, afirmou. O Projeto de Lei (PL), que torna obrigatória a adição da fécula, tramita na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), mas enfrenta forte resistência dos donos de panificadoras. Para os empresários, a fécula da mandioca além de reduzir a qualidade do produto e mudar o seu sabor, o consumidor é quem deve decidir qual tipo de produto quer consumir. O presidente do Sindipan, Mário Pithon, chegou a acusar a proposta de "oportunista e antidemocrática", já que interfere na livre iniciativa. A matéria ainda tramitará pela Comissão de Agricultura para, então, ser votada em plenário.