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Notícia

Colégio Estadual Cosme de Farias retoma aulas oficialmente, mas alunos seguem sem estudar

Por Marília Moreira / Evilásio Júnior

Colégio Estadual Cosme de Farias retoma aulas oficialmente, mas alunos seguem sem estudar
'Lei do Silêncio' impera na unidade | Foto: Marília Moreira / BN
Embora o Colégio Estadual Cosme de Farias, localizado próximo ao fim de linha do bairro, seja uma das 12 unidades de ensino de Salvador que, oficialmente, retomaram as aulas esta semana, a realidade é bem diferente. Em visita nesta quinta-feira (26) à escola, divulgada pelo governo como "uma das 1,2 mil que estão em pleno funcionamento" (veja o vídeo abaixo), o Bahia Notícias pode constatar que algumas turmas continuam vazias e os alunos seguem sem estudar. Após 108 dias de greve dos professores estaduais, a “Lei do Silêncio” impera no local. Com a diretora Jaira Caldas ausente, a vice, Celeste Ribeiro de Carvalho, disse não estar autorizada a fornecer informações para a imprensa e nem mesmo falou qual era o seu sobrenome, encontrado pela reportagem em documentos da Secretaria de Educação do Estado (SEC) disponíveis na internet. Responsável pela gestão do espaço, ela ainda solicitou a estudantes e educadores que não se pronunciassem sobre o que tem, de fato, ocorrido no educandário. Mesmo com o veto, o BN conseguiu falar com os alunos Igor Rodrigues e Lucas Bruno, do 1º A e da 8º B, respectivamente. Eles relataram que, apesar do retorno às aulas, a perspectiva de conclusão do ano letivo continua incerta. “Os professores voltaram à escola por causa do corte salarial, mas a gente esteve sem aula há quase quatro meses”, ponderaram. A situação é mais amena entre os discentes do 3º ano do Ensino Médio, que tiveram atividades no Colégio Estadual Luiz Viana Filho (Brotas), ministradas por professores contratados emergencialmente pelo Regime Especial de Direito Administrativo (Reda).

Enquanto o clima de insegurança impera nas comunidades escolares, dados oficiais do governo apontam que mais de 85% das unidades têm as atividades normalizadas, o que garantiria a rotina de 850 mil estudantes. No entanto, para que 2012 não seja uma página em branco nos seus currículos, a reposição de aulas terá que acontecer aos sábados deste ano, bem como nos meses de janeiro, fevereiro e talvez março de 2013. Também seria necessário o encerramento imediato da paralisação promovida pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB), que não tem avançado nas negociações com o governo. Nesta sexta-feira, às 9h, uma nova assembleia-geral da categoria será realizada no Colégio Central, sem expectativa de que haja votação pelo fim da greve.