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Empresário diz que foi lesado por esquema que envolve construtora e TJ de São Paulo

Por Francis Juliano

Empresário diz que foi lesado por esquema que envolve construtora e TJ de São Paulo
Foto: Tiago Melo / Bahia Notícias
O empresário baiano Mauro Cardim é mais um a engrossar o coro contra a construtora Brookfield, envolvida recentemente em irregularidades que podem fechar o Shopping Pátio Higienópolis, em São Paulo. O empreendedor se diz vítima de mais uma negociata cometida pelo grupo que, segundo ele, age em conjunto com o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) e um escritório de advocacia. “Existe uma esquema orquestrado entre a Brookfield, o Tribunal de Justiça de São Paulo e o escritório Salussi e Maragoni”, acusou, em entrevista ao Bahia Notícias. Cardim diz que sequer foi avisado de um leilão que colocaria o seu imóvel à venda. “Entregaram um A.R. [aviso de recebimento] em branco”, apontou. De acordo com o empresário, o caso já está no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e na Corregedoria Nacional de Justiça e conta agora com a aliança da ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ), a baiana Eliana Calmon. “Ela, quando soube do processo, não acreditou que aquilo acontecia no Tribunal de São Paulo. Disse que era coisa de máfia e, por isso, está mobilizando os magistrados a combater isso”, afirmou. A história de Cardim com a Brookfield começou quando o empresário financiou um imóvel da construtora em 2006 e decidiu quitá-lo três anos depois. “Procurei a empresa, mas o desconto que me ofereceram não valia a pena. Mesmo assim, depositei os R$ 140 mil que eles pediram. Só que já tinham feito o leilão”, lamentou. Depois do inesperado, ele teve outra surpresa. “O imóvel que valia R$ 800 mil foi arrematado pelo escritório Salussi e Maragoni por apenas R$ 200 mil”, conta, indignado. Cardim mostrou ao BN o processo que move contra a construtora e elenca uma série de falhas, a exemplo de o leilão ter sido feito sem agentes credenciados do Banco Central, de não ter sido informado da data e do local do leilão, bem como do desrespeito ao direito de remissão, previsto no Código Civil, entre outros pontos. A reportagem tentou contato com a direção da Brokfield Incorporações, mas não conseguiu falar com alguém autorizado. O grupo atua nos setores imobiliário, energético, agropecuário, florestal e financeiro. Uma ex-funcionária, Daniela Gonzalez, também acionou a Justiça contra a empresa e cobra perdas trabalhistas e danos morais. Ela também denunciou a companhia por pagar propina à prefeitura de São Paulo para liberar obras de interesse da companhia. Neste caso, o grupo divulgou nota em que se exime de qualquer irregularidade e acusa Daniela Gonzalez de corrupção.