Morte de Paulo Colombiano está praticamente elucidada, diz secretário
Por Rodrigo Aguiar
Foto: Tiago Melo / Bahia Notícias
O assassinato do sindicalista Paulo Colombiano e de sua mulher Catarina Galindo foi praticamente elucidado, segundo afirmou o secretário estadual de Segurança Pública, Maurício Barbosa, em entrevista coletiva concedida na tarde desta quinta-feira (17) na sede da pasta, no Centro Administrativo da Bahia. O titular da SSP relatou que, logo após o crime, cometido em junho de 2010, havia informações de que o caso estava relacionado à função de tesoureiro desempenhada por Colombiano no Sindicato dos Rodoviários e que buscas detectaram irregularidades na administração da entidade, inclusive no repasse excessivo de recursos ao plano de saúde Mastermed. “A principal [irregularidade] se referia ao plano contratado pelo sindicato. Entre 2005 e 2010, R$ 106 milhões haviam sido recolhidos e pagos à Mastermed. Desse valor, cerca de R$ 35 milhões eram referentes à taxa de corretagem. Colombiano estranhou e procurou os proprietários da Mastermed para a realização de ajustes ou extinção do contrato”, declarou Barbosa. Segundo o secretário, Colombiano foi morto pouco depois.
As investigações apontam que três dos presos – Edilson Duarte de Araújo, Wagner Luís Lopes de Souza e Adaílton Araújo de Jesus – estiveram presentes à cena do crime e forneceram informações sobre a rotina de Colombiano aos dois motociclistas que efetuaram os disparos. Barbosa disse que há suspeitas sobre os autores dos tiros e que eles deverão ser detidos em breve. Na casa de Claudomiro César Ferreira Santana – apontado como mandante do crime – foram apreendidas duas pistolas, um revólver e uma escopeta. Parte das armas estava com a numeração raspada, em situação irregular. Oficial da reserva da Polícia Militar, ele foi escoltado por uma guarnição da PM no momento em que foi preso.