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Marca Bahia Notícias

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César Borges se cala, BB ‘não comenta’, deputados se revoltam, mas governistas confirmam: posse será na próxima semana

Por Evilásio Júnior

César Borges se cala, BB ‘não comenta’, deputados se revoltam, mas governistas confirmam: posse será na próxima semana
Indicação de César teria aval de Dilma Rousseff | Foto: Divulgação
A ida do ex-senador César Borges (PR) para a vice-presidência de Governo do Banco do Brasil, no lugar de Ricardo Oliveira, está consumada, com o aval da presidente Dilma Rousseff (PT), embora nenhuma informação oficial tenha sido divulgada nesta quinta-feira (10). Durante todo o dia, o Bahia Notícias tentou contato com o comandante estadual republicano para saber detalhes do acordo político, a exemplo da postura dos deputados estaduais na Assembleia Legislativa – atualmente integrantes da oposição – e os espaços que a sigla teria no Palácio de Ondina. Dezenas de telefonemas e mensagens foram feitos aos celulares de Borges, mas não houve qualquer retorno. Pessoas próximas a ele dizem que, embora o ex-parlamentar ocupe a presidência do partido –, não falará nada com a imprensa até a nomeação. A instituição financeira, entretanto, sem responder ao questionamento sobre a mudança em sua estrutura, não rechaçou: “O Banco do Brasil não vai comentar nada. Cabe ao Planalto”. Contatada, a comunicação da Presidência da República prometeu apurar a veracidade da troca de postos no BB, mas também nada sacramentou. Já em Ondina, auxiliares do primeiro escalão do governador Jaques Wagner asseguraram, sem permitir a identificação, que “tudo está acertado” e a posse, inclusive, aconteceria na próxima quarta (16) ou quinta (17). O acordo teria sido firmado sob quatro eixos.


Ricardo Oliveira daria vice-presidência de Governo a César Borges

O primeiro interno ao BB, já que Ricardo Oliveira – que, de acordo com os seus liderados, não esteve em seu gabinete nesta quinta seria o pivô de uma guerra entre o presidente do banco, Aldemir Bendine, e o chefe do maior fundo de previdência da América Latina, o Previ, Ricardo Flores. O segundo ponto diz respeito ao retorno do partido à base do governo federal, cuja relação foi estremecida com a demissão do ex-ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, em meio a uma enxurrada de denúncias de irregularidades na pasta. Também, a candidatura do deputado federal Nelson Pelegrino (PT) a prefeito de Salvador – capital jamais administrada pelos petistas – terminaria beneficiada, uma vez que a aproximação do PR com o DEM de ACM Neto seria dificultada e, pelo menos no segundo turno, o parlamentar Maurício Trindade – também postulante ao pleito – se inclinaria a apoiar o indicado de Wagner. Por fim, apesar da revolta dos deputados Elmar Nascimento – que, pré-candidato a prefeito de Campo Formoso, não pode deixar a legenda – e Sandro Régis – que pode deixar a sigla –, os republicanos, enfim, passariam para o bloco governista no Legislativo. Para tanto, no Executivo, espaços seriam cedidos. Na equação para acomodar o novo aliado, sobretudo o PCdoB da prefeiturável Alice Portugal, cujo desgaste com o PT ficou evidente na greve dos professores – a APLB é liderada pelos comunistas –, perderia postos importantes no Estado. Os antigos parceiros hoje ocupam, entre outros cargos, o comando das secretarias do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Nilton Vasconcelos) e da Copa (Ney Campello), além da presidência da Bahiagás (Davidson Magalhães).