Neto diz que projeto de ACM foi arquivado por pressão da OAB
Por Rodrigo Aguiar
O deputado federal ACM Neto (DEM) explicou em entrevista ao programa Acorda pra Vida, da Rede Tudo FM 102.5, os motivos pelos quais um projeto do seu avô, o ex-senador Antônio Carlos Magalhães, foi arquivado na Câmara Federal em 2007. A proposta era de que os acusados de envolvimento no crime organizado e no tráfico de entorpecentes fossem representados somente pela Defensoria Pública. “Acho o projeto extraordinário. Na época, gerou a maior polêmica. Tentamos fazer avançar a tramitação, mas houve uma pressão forte dos advogados, principalmente da OAB”, relatou o parlamentar. A matéria chegou a ser aprovada no Senado, uma Casa “onde a pressão se dá de forma diferente”, opinou Neto. Ele ainda disse aguardar um “pacto” dos partidos para ressuscitar a iniciativa, com a proximidade do caso Cachoeira, defendido pelo ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos. Ao comentar o atual escândalo que envolve relações do ex-democrata Demóstenes Torres com o contraventor Carlinhos Cachoeira, o deputado lembrou que políticos de outras legendas também foram flagrados em conversas com o empresário, acusado de comandar um esquema de jogos ilegais. “O Democratas foi o único partido que teve a coragem de agir com veemência e isso resultou na expulsão de Demóstenes. O que fez o PT com Agnelo Queiroz, governador do Distrito Federal? Essa semana, ele estava assistindo filme com Dilma”, comparou.