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'Bahia não se preparou para a seca', diz ex-diretor do Dnocs

Por Rodrigo Aguiar

'Bahia não se preparou para a seca', diz ex-diretor do Dnocs
Ex-diretor da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), o engenheiro Manoel Bonfim, apresentou um diagnóstico da falta de preparo do governo baiano para lidar com a grave seca que atinge o estado. Em entrevista nesta segunda-feira (23) ao jornalista Samuel Celestino, no programa Bahia Notícias no Ar, da Rede Tudo FM 102.5, ele destacou que o fenômeno já é conhecido pelo poder público. “A seca não é surpresa para as autoridades e para os estudiosos que conhecem a pluviometria da região. o Inpe [Instituo Nacional de Pesquisas Espaciais] fez há mais de 40 anos um estudo sobre a corrente de secas”, afirmou Bonfim, ao lembrar que as grandes secas, como a que assolou a Bahia em 1980, se repetem aproximadamente a cada 26 anos. Em uma comparação feita com outras unidades federativas nordestinas, ele ainda salientou a péssima condição do estado. “O semiárido baiano, que tem 320 mil km², é igual à soma dos quatro semiáridos do nordeste setentrional: Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Ceará. Mas lá, ao longo do século 20, construíram no mínimo 70 mil açudes para armazenar 40 bilhões de metros cúbicos de água. Na Bahia, não tem coisíssima nenhuma. São 150, 160 açudes, com 1 bilhão de metros cúbicos de água”, comparou. Segundo o engenheiro, a situação atual deve se estender pelo menos até o próximo ano.