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Marca Bahia Notícias

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Secretário nega descumprimento de acordo com professores e diz que greve 'surpreendeu a todos'

Por Patrícia Conceição

Secretário nega descumprimento de acordo com professores e diz que greve 'surpreendeu a todos'
Foto: Carolina Barreto / Tudo FM
O secretário de Educação do Estado, Osvaldo Barreto, mostrou-se surpreso com a decisão da APLB (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia) de decretar greve por tempo indeterminado e negou que o governo tenha descumprido o acordo com a categoria para reajuste salarial de 22%. Segundo o titular da pasta, o percentual de aumento foi proposto pelo próprio sindicato e acatado pelo governo, que sugeriu o parcelamento em duas vezes – 7% em novembro deste ano e 7% em abril de 2013 –, além dos 6,5% já concedidos no mês de janeiro. “Essa greve surpreendeu a todos. [...] Como fruto do acordo salarial feito com a APLB em novembro do ano passado, o governo mandou um projeto de lei 12364/2011, aprovado na Assembleia, sancionado pelo governador e festejado pela APLB como grande conquista da categoria. Tudo está consubstanciado em uma lei que estabelece as condições do acordo”, afirmou em entrevista ao programa Acorda pra Vida, da Rede Tudo FM 102.5, nesta quinta-feira (12). Para explicar o porquê da surpresa com a deflagração da paralisação, o secretário recorreu ao cumprimento do pagamento do piso nacional de R$ 1.586 – “nós não devemos piso a essa categoria, estamos acima do piso nacional, é bom que isso fique claro” – e também à política salarial construída no estado – “um professor licenciado que está na primeira faixa da carreira tem hoje um salário médio superior a R$ 3 mil, se ele for especialista o salário se aproxima de R$ 4 mil. [...] O salário aqui é melhor que em São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná”, disse.

Os rumos da negociação para evitar a continuidade do movimento grevista e mais prejuízos para 1,2 milhão de alunos da rede estadual são incertos. Enquanto a APLB não aceita o parcelamento do reajuste até 2013, o governo alega estar no “limite prudencial” do orçamento e sem novas proposições para o debate. “Se você me perguntar se o governo tem alguma proposta em relação aos 22% eu diria que não. [...] Desde o início, o governo não teve proposta, ele acatou uma proposta do sindicato e propôs o parcelamento. Mas, no momento em que o sindicato deflagra a greve, ele retira a proposta. Estamos sem proposta, mas abertos a negociar”, concluiu Barreto. Até o momento, não há previsão de uma nova rodada de negociação entre representantes do governo e da APLB. Os professores prometem realizar uma manifestação na próxima quarta-feira (18), em frente à Governadoria, no Centro Administrativo da Bahia (CAB).