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Fumantes dividem opiniões sobre proibição de cigarros aromatizados

Por Leonardo Martins

Fumantes dividem opiniões sobre proibição de cigarros aromatizados
Fotos: Leonardo Martins/ Bahia Notícias
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) baniu os cigarros aromatizados em todo o país, após debate realizado na última terça-feira (13). Depois da decisão, que só deve entrar em vigor daqui a um ano e meio, o Bahia Notícias foi às ruas para ouvir da população o que achou da nova determinação. O operador de telemarketing, Wilson Brandão Lima Júnior, de 25 anos, fumante desde os 12, validou a iniciativa da Anvisa em proibir a comercialização de cigarros com sabor no Brasil. “Acho válido, porque o cigarro causa arritmia. O cigarro já não é bom, e com essência causa arritmia cardíaca. Ele é mais forte do que o normal”, disse. Segundo Wilson, ao fumar um mentolado “o seu coração acelera, bate mais forte. E para quem tem o habito de tragar de um cigarro normal, a diferença é bastante perceptível ao recorrer ao aromatizados”. O rapaz ressalta também que o produto derivado do tabaco chama a atenção dos jovens por conter sabor. “Tem a essência do cravo, da canela, do chocolate, da menta. Então, o sabor desperta curiosidade, desperta vontade de provar. É refrescante. Quando você fuma um desses sente o corpo gelar todo, sente o aroma na boca”, contou. Há também quem não tenha gostado muito da ideia de ter um prazo para desfrutar do cigarro com sabor artificial. Trata-se do estudante Moisés Santana, de 20 anos, que fuma há pouco mais de dois anos. Para ele, apesar de estar ciente dos males que pode provocar à saúde, o que realmente importa é a sensação que o fumo lhe proporciona. “Sou totalmente contra a proibição. Mesmo sabendo dos riscos, me sinto muito bem quando fumo. Fico relaxado na mesma hora. Fumo até hoje e não tenho intenção de parar”, reiterou. Amiga de Moisés, Daiane Lima, de 25 anos, também partilhou do pensamento do colega. Embora tenha perdido o avô devido a um câncer na laringe, ela não tem receios quando o assunto é uma possível doença provocada pelo cigarro. “Sou terminantemente contra. Pelo fato do cigarro mentolado ser praticamente a mesma coisa do que um comum. O que muda é o gosto. Todo mundo que fuma sabe do risco. Meu avô morreu de câncer na laringe. Mas isso não me assusta. A gente vai morrer de qualquer jeito”, ressaltou.      
 

 
Em Salvador a trabalho, Cintia Santiago Teixeira, de 27 anos – produtora do Circo Tihany, que chega à capital baiana nas próximas semanas – acredita que o cigarro com aroma artificial é o ponto de partida para um possível vício. “O pessoal geralmente começa com o mentolado. Vai por causa do sabor e acaba ficando viciado. Depois, possivelmente, acaba mudando o tipo do cigarro”, opinou. A organizadora de eventos, contudo, revela que não se dá muito bem com o tipo que julga inicial. “Não gosto do sabor, acho enjoativo. Tenho dor de cabeça com ele. Ele é bem mais forte. Eu gosto de fumar, mas quero parar. Já parei antes por um mês, mas voltei. Agora vou usar medicamentos para isso, porque sei que vai ser difícil”, finalizou.