Governos divergem sobre custos da Arena Fonte Nova e de mais nove estádios da Copa

Os governos federal e estaduais e o Tribunal de Contas da União informam diferentes valores das obras de 10 entre os 12 estádios que irão abrigar partidas da Copa do Mundo no Brasil em 2014, de acordo com levantamento do G1 a partir de relatório do TCU; do Portal da Copa, do Ministério do Esporte; e dos sites oficiais da Copa nos 12 estados-sede. Sobre a Arena Fonte Nova, enquanto o Tribunal divulgou que o custeio seria de R$ 1,605 bilhão, o governo federal apontou o valor de R$ 597 mihões e a gestão estadual o aporte de R$ 591,7 milhões. A diferença entre o maior e o menor valor chega a R$ 1,013 bilhão. Conforme relatório do TCU, o governo da Bahia terá de desembolsar R$ 107 milhões anuais durante 15 anos como "contraprestação" prevista no contrato de parceria público privada com a construtora responsável pela Arena Fonte Nova. A informação, porém, não está disponível no site da administração estadual. Além do estádio baiano, o Maracanã, Mineirão, Estádio Nacional de Brasília, Arena Pantanal, Castelão, Arena da Amazônia, Arena das Dunas, Beira-Rio e a Arena Pernambuco também registraram divergências. Somente o Itaquerão (São Paulo) e a Arena da Baixada (Curitiba) não apresentaram distorções: o primeiro, porque os valores são coincidentes nos sites oficiais; a segunda, porque o governo paranaense não divulga o valor oficial. Questionadas a respeito do valor oficial dos estádios, todas as esferas administrativas confirmaram trabalhar com valores diferentes e não especificaram qual é o valor real do conjunto de investimentos. Admitiram apenas que alguns dos valores divulgados estão desatualizados.