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Advogado defende aplicação da Lei Maria da Penha contra promotor de Justiça

Por David Mendes

Advogado defende aplicação da Lei Maria da Penha contra promotor de Justiça
Promotor Dioneles Filho ainda não foi ouvido pelo MPE
O advogado José César Oliveira, autor da ação popular que denunciou supostas irregularidades no processo de entrega, em 2006, das terras da Ilha do Urubu, em Trancoso, defendeu nesta segunda-feira (28) a aplicação da Lei Maria da Penha contra o promotor de Justiça de Porto Seguro, Dioneles Leones Santana Filho, acusado de espancar a juíza da Comarca de Caravelas, Nêmora de Lima Jannsen dos Santos, de 35 anos, na última sexta (24), durante uma festa de carnaval. “Espancar publicamente uma mulher já é um ato de vilania. Se esse homem é um promotor, a vilania é redobrada, porque vem a responsabilidade do cargo. E, se essa agressão é contra uma autoridade, a vilania tem caráter criminoso. Neste caso, não tenho dúvida que a Lei Maria da Penha poderá ser aplicada”, defendeu, em entrevista ao Bahia Notícias. O jurista questiona ainda a atitude funcional do promotor e o acusa de defender os interesses dos especuladores que teriam recebido, de maneira fraudulenta, os títulos de posse do terreno. “Quando a Constituição outorgou esse elenco de poderes ao parquet, foi para que ele defendesse os interesses do povo, e não de milionários contra o povo. E para coroar o seu desequilíbrio, ele espanca publicamente uma indefesa senhora. Esse cidadão não tem condição de ser representante de um poder com a amplitude e o elenco de poderes que ele possui", protestou. Oliveira revelou ainda que o caso da Ilha do Urubu será tratado na próxima quinta (1º), na Sessão Especial da Assembleia Legislativa da Bahia, que discutirá o livro "A Privataria Tucana". Ele solicitará ao deputado estadual Joseildo Ramos (PT), responsável pelo evento, que convide os representantes do Judiciário baiano, do Ministério Público Estadual (MPE) e o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil na Bahia (OAB-BA), Saul Quadros, a participar das dicussões sobre a publicação, que cita o caso em Trancoso. “Vamos separar o joio do trigo. A sociedade baiana ficará escandalizada com o que será apresentado sobre a Ilha do Urubu”, prometeu.