Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias

Notícia

Oposição vai brigar de 'turma' nas eleições municipais de Salvador

Por Evilásio Júnior

Oposição vai brigar de 'turma' nas eleições municipais de Salvador
Foto: Thiago Correia de Barros / Ag FPontes
Pelo andar da carruagem, a clamada "união das oposições" se fragmentará antes mesmo das convenções partidárias de junho. Durante a folia momesca, o deputado federal ACM Neto (DEM) teve mais do que certeza de que, com a liderança que goza nas pesquisas sobre a sucessão, tem que ser candidato a prefeito de Salvador, independentemente da pressão do PMDB, que tentou emplacar o nome do radialista Mário Kertész e, sem êxito, partiu para a decisão mais convincente em seu próprio grupo. O lançamento da pré-candidatura de Geddel Vieira Lima veio como um golpe fatal às pretensões do grupo de fazer um "blocão" contra o governador Jaques Wagner, que vê no seu pupilo, Nelson Pelegrino, a chance de o PT conquistar, pela primeira vez, o comando da terceira maior capital brasileira. Ninguém tem mais coragem de esconder que o imbróglio envolve, em todas as siglas, interesses nacionais e que o "X" da questão, muito mais do que a batalha pelo Palácio de Ondina, é justamente a próxima disputa presidencial, em 2014. O PT é o partido da presidente da República, Dilma Rousseff, que deverá tentar a reeleição com o apoio do PMDB, de Geddel; Neto é ligado a Aécio Neves, que tenta derrubar, no PSDB, a nova investida de José Serra, defendido por Antonio Imbassahy. Por falar em Imbassahy, que também é postulante, uma frase inédita dita por ele no camarote Expresso 2222 ao Bahia Notícias, ainda na sexta-feira de carnaval (17), define bem o cenário: "Se não for possível efetivar a união das oposições, vamos brigar de turma". A "turma", relatada pelo tucano, é tão simplesmente um quadro de multicandidaturas, polipartidárias e de interesse bem específico: o poder local aliado ao plano federal. O último a sair que apague a luz e cate as migalhas.