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Marca Bahia Notícias

Notícia

Base Naval de Aratu: Quilombolas reclamam de perseguição dos militares

A comunidade Rio do Macaco, composta por cerca de 50 famílias reconhecidas pela Fundação Cultural Palmares como remanescente de quilombo, cuja ordem de despejo foi suspensa pela Justiça em novembro, volta a denunciar uma situação de pressão e medo na região. O acesso à localidade atualmente é controlada pelo portão de entrada da Vila Militar, um condomínio de residências de sub-oficiais da Marinha. No vídeo produzido pelo site Bahia na Rede, moradores contam passar a noite acordados com medo de morrer e ter medo de sair, pois, ao voltar, poderiam encontrar suas casas derrubadas. Alguns dos remanescentes reclamam também do constrangimento feito pelos militares, que chegam até a fazer sinais de perversidade quando passam, para provocar medo. Outro problema seria a dificuldade de plantar, já que ainda seriam impedidos de produzir. As reclamações das famílias de agricultores não são de hoje, há relatos de conflitos com militares da Marinha desde a década de 1960, quando foi criada a Base Naval de Aratu. Em novembro, a Justiça suspendeu a ordem de despejo que previa a remoção das famílias da região e previu que o Incra deveria concluir os estudos com o objetivo de demarcar a área quilombola até fevereiro de 2012.