Curaçá: Prefeito admite precariedade, reclama da Sedes e promete novo local
Por Felipe Campos
Local de distribuição do leite em Curaçá | Foto: Ascom / Theodomiro Mendes
O prefeito de Curaçá, Salvador Lopes (PT), questionado pelo Bahia Notícias sobre a denúncia das péssimas condições do município para estocar o leito do programa Fome Zero, admitiu que o local não é apropriado para que se faça a distribuição e garantiu que um novo ponto já é preparado há alguns dias para se adequar às especificações sanitárias. “Nós estamos já há alguns dias preparando um espaço, um Ponto do Cidadão, para fazer todo este estoque”, contou. Ele também passou parte da culpa à logística de distribuição do alimento fornecido pela Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (Sedes), que vem de Paulo Afonso, a 350 quilômetros da cidade. “O leite era para chegar diariamente, coisa de 889 litros por dia. Mas ele não chega porque as estradas estão péssimas [BA-210]. São seis horas para chegar aqui. Acontece que agora ele está vindo duas, às vezes uma vez por semana. São 4,4 mil litros. Nós não temos refrigeradores para isso”, admitiu o alcaide. De acordo com ele, a prefeitura contrata um carro de som para avisar à população da chegada do produto para que seja distribuído o mais rápido possível. O petista também pede que a Sedes substitua o atual distribuidor por uma indústria de laticínios de Juazeiro, distante a apenas 90 quilômetros de Curaçá. “Já pedimos à Sedes para mudar o fornecedor. Espero que agora ela se sensibilize porque lá em Juazeiro tem empresa que tem interesse”, clamou o gestor.