Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias

Notícia

João Leão cobra paternidade do PAC

Por Evilásio Júnior


O chefe da Casa Civil de Salvador, João Leão (PP), cobrou, durante audiência pública realizada nesta terça-feira (27) na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), a paternidade do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). Em meio às discussões do Plano Plurianual (PPA 2012-2015) do governo federal, cujo orçamento prevê investimentos de R$ 165,3 bilhões no próximo ano no país, o deputado licenciado provocou o apresentador da peça, o parlamentar Arlindo Chinaglia (PT-SP). “Todos vocês já ouviram falar do PAC. Eu garanto que nem Arlindo sabe. Você sabe quem criou o PAC, Arlindo? Quem criou o PAC, modéstia à parte, está aqui. Você pode perguntar à assessoria lá. Quem criou o PAC foi João Leão”, sentenciou. De acordo com o secretário do prefeito João Henrique, o carro-chefe do governo petista, desde Luiz Inácio até Dilma Rousseff, foi empreendido a partir de uma iniciativa sua, o chamado Projeto Piloto de Investimento (PPI). A proposta, segundo ele, teria recebido recusa inicial do então ministro do Planejamento, Guido Mantega, mas foi acatada como “ideia maravilhosa” pelo titular da Fazenda à época, Antonio Palocci, que a teria encaminhado ao presidente. Lula, então, marcou uma reunião com Mantega, Palocci e o ministro da Agricultura do período, Roberto Rodrigues. “Onde é que nós criamos o PPI e o PAC na época? Baseado nas rodovias federais que iam para os portos e, nos portos, foi nascer o PPI. Era R$ 1,280 bilhão de então. Depois de pode, não pode, pode, não pode, o presidente Lula virou e disse: ‘olha gente, quem votou em mim não foi o FMI [Fundo Monetário Internacional] não. Quem votou em mim foi o povo brasileiro. Deputado, pode botar que eu vou aprovar’. E botamos, e foi aprovado”, relatou. Depois de dias de discussão, de acordo com Leão, o presidente teria recuado e decidido vetar a matéria. “Não dá para vetar não, presidente. Ou é, ou não é. Não cabe veto. Ou o senhor aprova ou não aprova”, rememorou o pepista. Como era de se esperar, a contação de história deixou todos que estavam no plenário da AL-BA perplexos. Só o próprio Chinaglia ensaiou uma contestação: “Eu ia dizer que as assessorias da Câmara e do Senado participaram, mas jamais duvidaria da sua participação (risos)”.