Elevador Lacerda: Iphan não pode impedir privatização
Por Evilásio Júnior
Carlos Amorim, gestor do Iphan-BA, não foi procurado pela prefeitura | Foto: UOL
A polêmica privatização do Elevador Lacerda, que, de acordo com a prefeitura de Salvador, acontecerá até o próximo verão, não poderá ser impedida pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Um dos principais cartões postais da cidade, o ascensor, inaugurado em 1873, é tombado desde 2006. O superintendente do Iphan na Bahia, Carlos Amorim, em entrevista ao Bahia Notícias, disse que não foi procurado pela administração municipal, mas, mesmo que fosse, o assunto não seria da competência do órgão. “Nem é necessário [o contato]. O tombamento limita a questão da proteção e preservação. Se é bem privado ou público, não importa. Para nós, não pode haver degradação. O Iphan não tem o que falar. Ele não aprova, nem desaprova. Não temos poder de interferência, legalmente, porque a privatização não altera o estado do bem”, explicou. De acordo com Amorim, caso houvesse a venda do equipamento, aí sim haveria restrição, pois o negócio só poderia ser realizado com instituições que atuam no segmento de assistência a bens tombados. “Mas não é o caso. Pelo que eles (prepostos da prefeitura) têm divulgado na mídia, só será privatizada a concessão do serviço”, esclareceu.