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Wagner 'mantinha todo o poder decisório' no contrato superfaturado da Fonte Nova, diz PF

Por Luana Ribeiro / Ailma Teixeira

Wagner 'mantinha todo o poder decisório' no contrato superfaturado da Fonte Nova, diz PF
Foto: Max Haack / Ag. Haack / Bahia Notícias

Alvo de um mandado de busca e apreensão na Operação Cartão Vermelho, o secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado (SDE), Jaques Wagner (PT), é acusado de ter recebido R$ 82 milhões no esquema da parceria público-privada (PPP) com a Fonte Nova Participações. A delegada Luciana Matutino revelou que a Polícia Federal (PF) chegou a pedir a prisão do petista, mas o pleito não foi atendido pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1). "Apesar de não assinar o contrato, [Wagner] mantinha todo o poder decisório. Ele tinha o poder de revisar os custos do contrato, de decidir quem fiscalizava e ainda optou por não revisar os custos, não cobrar das empresas os valores. (...) E designou pra fiscalização uma secretaria que não tinha nenhum know-how pra realizar a fiscalização", explica a delegada durante coletiva de imprensa da PF, realizada na manhã desta segunda-feira (26). A investigação aponta que a licitação para demolição e reconstrução da Arena foi inflacionada e superfaturada em valores que atualmente ultrapassam R$ 450 milhões (saiba mais aqui). Mais cedo, a corporação cumpriu mandados nas residências e endereços comerciais dos envolvidos. Na casa de Wagner e na SDE, foram apreendidos celulares, computadores, mídias, documentos e ainda 15 relógios de luxo. De acordo com Luciana, todos os alvos colaboraram com a PF, sem resistência em entregar os pertences. O próximo passo da operação é analisar o material apreendido para recolher novos depoimentos dos investigados.