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Mesmo com muita exposição no Carnaval, ausências de Rui e ACM Neto foram marcantes

Por Fernando Duarte

Mesmo com muita exposição no Carnaval, ausências de Rui e ACM Neto foram marcantes
Foto: Montagem/ Bahia Notícias

O Carnaval é também um momento de exposição em excesso dos gestores públicos. É e sempre foi dessa forma. São durantes os dias da folia que o prefeito de Salvador e o governador da Bahia fazem breves testes de popularidade e também são alvos referenciais dos veículos de imprensa tanto quanto os artistas que fazem a festa. Em 2018, não poderia ser diferente. ACM Neto (DEM) e Rui Costa (PT) contabilizaram, ao longo dos seis dias de festa oficial, muito espaço na imprensa, com o prefeito à frente nesse processo, até pelo caráter de “anfitrião” da festa. Porém foram deles duas ausências muito comentadas ao longo da Folia de Momo. Rui não foi à abertura oficial, dessa vez realizada no Circuito Dodô, na Barra, e preferiu acompanhar a pipoca de Léo Santana, patrocinada pelo governo no Campo Grande. Optou por não encontrar com o prefeito, ainda que fosse aguardada a presença de ambos no Camarote Expresso 2222, onde aconteceu a entrega das chaves ao Rei Momo. Rui justificou-se, afirmou ter dado preferência pelo Circuito Osmar, subjugado nos últimos anos e que passa por um processo de revitalização. A desculpa é válida, porém não precisa ser um expert em política para saber que não foi apenas isso que impediu o governador de estar ao lado de ACM Neto na abertura da festa: por que dividir atenções com um adversário político se ele poderia estar absoluto em outra área da festa? Porém não apenas a não participação de Rui na abertura foi sentida. Coube a ACM Neto o segundo momento de ausência que mereça destaque na folia. Tradicional ponto de políticos durante o Carnaval, o prefeito não foi à saída do Ilê Aiyê no Curuzu, fato inédito durante o período em que ACM Neto está à frente do Palácio Thomé de Souza. Assim como Rui, o gestor usou uma justificativa protocolar. Esteve no estúdio do SBT durante a noite do sábado para uma entrevista durante a transmissão nacional e, por conta dos sucessivos atrasos, acabou impedido de ir ao Ilê. Tal qual o governador, parece ser uma desculpa aceitável. Porém não deixou de “cair como uma luva” a ausência dele no Curuzu, após dois anos de vaias em um reduto aliado da esquerda e que, possivelmente, iria provocar um momento de baixa para um Carnaval marcado por imagens positivas do quase pré-candidato ao governo da Bahia. Por que arriscar? Como previsto, a Folia de Momo não teve grandes momentos na cena eleitoral baiana. E quando a ausência se torna algo a se destacar, é sinal de que há certo esvaziamento do processo político. Este texto integra o comentário desta quinta-feira (15) para a RBN Digital, veiculado às 7h e às 12h30, e para as rádios Excelsior, Irecê Líder FM e Clube FM.