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Por que 2018 começa sob a promessa de disputa intensa entre Rui e Neto?

Por Fernando Duarte

Por que 2018 começa sob a promessa de disputa intensa entre Rui e Neto?
Foto: Max Haack / Ag. Haack / Bahia Notícias

O ano de 2017 acabou com um ritmo bem intenso para dois dos principais nomes do cenário politico baiano. De um lado, o governador Rui Costa (PT). Do outro, o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM). Ambos são candidatíssimos a ter o nome estampado nas urnas no próximo mês de outubro, ainda que não admitam publicamente a condição. Rui vive uma situação mais confortável. É candidato à reeleição com uma máquina funcionando relativamente bem no contexto de crise. ACM Neto, para ser candidato, precisaria deixar a prefeitura de Salvador apenas um ano e quatro meses após ser reeleito com 74% dos votos. É uma aposta arriscada. Porém, até o momento, os caminhos sugerem que o democrata vai “pagar para ver”. Se nas últimas semanas do último ano o governador Rui Costa reinou com certa folga o noticiário positivo, com a inauguração de policlínicas e hospitais no interior do estado – demanda antiga da população -, ACM Neto conseguiu retomar os espaços na mídia com o Festival Virada Salvador. Mesmo que tentem colocar a pecha de “prefeito da festa”, não parece ser um apelido que incomode o gestor e que o afaste da população. Tanto que o democrata usou e abusou nas redes sociais dessa predisposição a “curtir” e, até o momento, colecionou mais críticas positivas à reações negativas. Sobraram vídeos com artistas, selfies com astros da música e com populares e um pouco de “pimenta” política por parte de ACM Neto nos últimos cinco dias. Desde o ataque inicial ao governador, quando sugeriu que Rui estava “fazendo pouco”, à suposta divagação de que o próximo Réveillon de Salvador poderia estar sob a responsabilidade do vice Bruno Reis, que chegaria a liderar a cidade mesmo não recebendo votos diretos, após ACM Neto renunciar para concorrer ao Palácio de Ondina. Se alguém começou 2018 arredio, o prêmio pode ir para o prefeito de Salvador, que começou a jogar mais abertamente o jogo eleitoral – ainda que negue peremptoriamente estar tratando do assunto. Enquanto o opositor surfava na onda positiva do novo ano, Rui foi mais discreto. Resumiu-se a dizer que, em família, desejava um bom ano novo para os baianos. O governador possui margem para agir assim. Consolidado com as obras e inaugurações recentes, preferiu manter a própria estratégia de ser “família” frente ao “prefeito festeiro”. A batalha até outubro vai ser intensa. E a virada do ano, discretamente, mostrou isso. Este texto integra o comentário desta terça-feira (2) para a RBN Digital, veiculado às 7h e às 12h30, e para as rádios Irecê Líder FM e Clube FM.