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Perícias contestam versão da Odebrecht sobre superfaturamento de obras

Perícias contestam versão da Odebrecht sobre superfaturamento de obras
Foto: Divulgação / Odebrecht

Ao menos 15 perícias oficiais de tribunais de contas e da Polícia Federal contradizem a versão do grupo Odebrecht e de seus executivos de que não houve superfaturamento de obras incluídas no acordo de delação premiada assinado junto ao Ministério Público. Segundo levantamento realizado pelo jornal Folha de S. Paulo, as irregularidades indicadas nos laudos periciais somam mais de R$ 10 bilhões, o que supera a indenização a ser paga até 2022 pela companhia, no valor de R$ 6,8 bilhões. O levantamento se debruçou sobre mais de 76 mil páginas de documentos entregues pelos executivos da empresa à Justiça, que cita ao menos 60 obras públicas nas quais foi identificado o superfaturamento. Estão entre elas a Arena Fonte Nova (R$575 milhões de superfaturamento); Hidrelétrica de Belo Monte (R$ 5,04 bilhões); a Refinaria Abreu e Lima (R$ 2,2 bilhões); o Estádio do Maracanã (R$ 198,5 milhões); e a Arena Pernambuco (R$ 81 milhões). A Odebrecht assume que pagou propinas a agentes públicos e políticos ligados a esses projetos, mas nega superfaturamento de obras, afirmando que os valores se destinaram somente a garantir que a companhia ganhasse as licitações e que os contratos fossem cumpridos regularmente. Em nota, a Odebrecht afirmou que "a qualidade e a eficácia da colaboração da Odebrecht vêm sendo confirmadas dia a dia e têm sido instrumento valioso para a ação da Justiça" e que os montantes apontados pelas perícias "são preliminares e atrelados aos montantes globais dos respectivos contratos, não correspondendo às participações da Odebrecht em cada um deles".