Oposição na Câmara critica projetos que criam 21 novos cargos na prefeitura

A bancada de oposição na Câmara Municipal vem questionando a criação de cargos dentro da estrutura da prefeitura por meio de projetos de lei. No dia de mais uma votação do gênero, os opositores do prefeito ACM Neto criticam a estratégia e apontam que as alterações desejadas pelo Palácio Thomé de Souza já deveriam estar planejadas previamente. Desde o início de agosto, a prefeitura já encaminhou ao Legislativo três propostas que, somadas, criam 21 novos cargos, todos em caráter temporário. Os postos devem durar apenas enquanto o projeto para o qual eles foram criados estiver em andamento. Nesta quarta-feira (25), os vereadores devem apreciar uma matéria que cria dez cargos na gestão municipal para a execução do Projeto Salvador Social (veja mais). Entre elas, sete são destinadas à Casa Civil, enquanto as demais vão para as secretarias de Educação; Saúde; e Promoção Social e Combate à Pobreza. Para a vice-líder da oposição, vereadora Aladilce Souza (PCdoB), o texto não deixa claro qual a finalidade dos cargos que a prefeitura planeja criar. "Não há uma justificativa plausível para a criação desses cargos. Isso pode ser interpretado como um mecanismo para abrigar aliados políticos", comentou em entrevista ao Bahia Notícias. "A criação de cargos na administração pública deve estar prevista na LDO [Lei de Diretrizes Orçamentárias] ou na LOA [Lei Orçamentária Anual] e não ser feita assim sem planejamento", completou. A bancada de oposição na Câmara deve se reunir antes da sessão desta quarta para tentar formar uma posição conjunta sobre o projeto. "Não vemos necessidade de criar cargos na prefeitura", reforçou o líder do bloco, o vereador José Trindade (PSL). Além dos dez cargos para o Salvador Social, a prefeitura também já encaminhou projetos de lei que pedem a criação de quatro postos dentro da sua estrutura para o Proquali e outros sete para Projeto Novo Mané Dendê. Este último já foi aprovado pelos vereadores (veja mais).