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Poder destrutivo de operação da PF contra Lúcio não afeta PMDB da Bahia, avaliam aliados

Por Bruno Luiz

Poder destrutivo de operação da PF contra Lúcio não afeta PMDB da Bahia, avaliam aliados
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil

Ao contrário da prisão de Geddel Vieira Lima, que ensejou uma crise dentro do PMDB baiano, a operação de busca e apreensão deflagrada nesta segunda-feira (16) pela Polícia Federal contra o deputado Lúcio Vieira Lima (BA) não deve ser capaz de provocar o mesmo terremoto na sigla. A avaliação é de peemedebistas ouvidos pelo Bahia Notícias. As primeiras conjecturas feitas a partir do caso apontam que Lúcio não tem a mesma força política do irmão, o que minora o poder destrutivo da operação para o partido na Bahia. Segundo um integrante da sigla ouvido pela reportagem, desde a segunda prisão de Geddel, Lúcio estava mais distante das funções como presidente do PMDB em Salvador, além de ter diminuído a influência no diretório estadual, com a assunção do deputado estadual Pedro Tavares à presidência, provocada pelo afastamento do ex-ministro da Secretaria de Governo da função. “Não temos visto nenhuma interferência de Lúcio. Ele, apesar de ser deputado pelo PMDB, anda totalmente afastado das tarefas do partido em Salvador. Não está tendo o mesmo impacto exatamente por isso”, relatou. Apesar desse distanciamento, outro peemedebista avalia que ainda é cedo para dizer se o partido pressionará Lúcio a se afastar do cargo, como ocorreu com Geddel. Na sigla, o discurso está afinado. Os deputados estaduais continuarão pregando que a agremiação não pode ser personalizada na figura dos Vieira Lima e eles devem ser penalizados por eventuais crimes cometidos. A ordem também é reforçar a ideia de que andam sob nova direção, em uma estratégia de desvincular ainda mais a imagem dos irmãos da do PMDB, intensificando também o discurso de que a sigla passa por renovação interna. Sobre uma possível delação de Geddel, que estaria ficando ainda mais provável com o agravamento da situação do irmão, os correligionários baianos demonstram não estar muito preocupados. Acreditam que a apreensão deve tomar conta do “povo de Brasília”. Entretanto, a questão eleitoral é algo que aflige os parlamentares. A possibilidade de o Supremo Tribunal Federal (STF) proibir as coligações partidárias já em 2018, de forma contrária ao aprovado na reforma política, já faz os deputados iniciarem as contas. A avaliação é que isto pode dificultar as pretensões do partido de lançar um grande número de candidatos para a Câmara dos Deputados e para a Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA). Por outro lado, os baianos se veem às voltas com outro problema. Apesar de preso e encrencado na Lava Jato, Geddel era a grande liderança responsável por arregimentar votos e candidaturas para o PMDB, dando musculatura à agremiação. Sem ele, a avaliação é de que a sigla tem um vácuo, precisando construir lideranças capazes de fornecer a mesma capilaridade. “Ele era um liderança muito forte. O PMDB tinha um número bom de candidatos, com coligação. Mas, se se esforçasse, poderia até sair sozinho. Agora é preciso reforçar o partido, precisa de lideranças de porte estadual”, comentou um peemedebista.