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Vodun Zô: Sacerdote acusa policiais da Patamo de invadir terreiro no Curuzu

Vodun Zô: Sacerdote acusa policiais da Patamo de invadir terreiro no Curuzu
Foto: Reprodução / Flor de Dendê

O sacerdote Amilton Costa, do terreiro Hunkpame Savalu Vodun Zo Kwe, localizado no Curuzu, na Liberdade, acusou policiais militares do Patrulhamento Tático Móvel (Patamo) de arrombar e invadir o terreiro na manhã desta quinta-feira (17), durante uma operação no bairro. Em entrevista ao jornal A Tarde, Costa relatou que cinco policiais militares pela manhã pularam o muro que fica no fundo do terreiro e arrombaram a porta da cozinha. “Estava no barracão conversando com um policial civil, aí ouvi o barulho e, quando fui ver, eles já estavam aqui dentro. Colocaram a arma na minha cara e me mandaram sair. Eles fugiram quando disse que ia chamar o comandante”, contou. O doté (como é nomeado o sacerdote da tradição Jeje Savalu) afirmou que já havia liberado a entrada de policiais civis que queriam vistoriar a área externa do terreiro. “Permiti a entrada dos policiais civis, eles foram muito educados. Mas os PMs não me pediram permissão. Se tivessem pedido, minha filha, tinha aberto a porta, não tenho nada a esconder”, afirmou. De acordo com A Tarde, a Secretaria de Segurança Pública informou que os agentes que falaram com o religioso não eram policiais civis, mas policiais militares do Serviço de Inteligência. Alguns filhos de santo, uma vizinha e duas visitantes estavam no local no momento da invasão. “Foi horrível. Não precisavam fazer isso. Quero que paguem minha porta”, reclamou. Costa afirma que já está sendo acompanhado por um advogado e deve registrar o caso na Corregedoria da Polícia Militar e na Defensoria Pública. O Departamento de Comunicação Social da Polícia Militar (DCS) informou ao A Tarde que a recomendação é “o cidadão a formalizar o registro junto à Ouvidoria da Corporação (0800 284 0011) ou do site institucional (clique aqui), no link da Ouvidoria". O Hunkpame Savalu Vodun Zo Kwe, conhecido como "Vodun Zô", foi tombado pela Lei de Preservação do Patrimônio Cultural do Município em janeiro do ano passado. O terreiro é o único da nação Jeje Savalu a preservar os ritos originais e o uso da língua ewe-fon.