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Denúncia ‘jurídica’ ou ‘esdrúxula’? Deputados falam a favor e contra Temer

Por Rebeca Menezes

Denúncia ‘jurídica’ ou ‘esdrúxula’? Deputados falam a favor e contra Temer
Foto: G1

Os deputados federais se revezam, neste momento, em discursos a favor ou contra a denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB) feita pela Procuradoria Geral da República (PGR). Neste momento, o painel mostra cerca de 180 parlamentares presentes – para que a votação seja iniciada, é necessário quórum de 342 deputados. Em uma questão de ordem, o deputado Carlos Zarattini (PT-SP) defendeu que houvesse um debate antes da votação. "Não é possível a gente ouvir aqui só um lado”, disse o petista após a fala do advogado de Temer (veja aqui). Pelo rito definido pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), parlamentares favoráveis e contrários à aceitação da denúncia poderiam discutir e, logo depois, os líderes do governo e da oposição encaminhariam as bancadas. O primeiro a falar foi o deputado Aliel Machado (Rede-PR), para quem  a denúncia foi "jurídica", não política. Ele criticou a Câmara, afirmando que alguns estão "acertando suas vidas" e deixando a população de lado. Ele lamentou ainda as reformar aprovadas pelo governo e pediu eleições diretas. O deputado Takayama (PSC-PR) veio logo depois e defendeu que afastar o presidente da nação é uma "irresponsabilidade sem tamanho". Ele defendeu a lei da presunção da inocência e afirmou que o Supremo Tribunal Federal (STF) deveria arquivar um pedido tão "esdrúxulo". Para ele, a denúncia se trata de um "revanchismo" de um governo de esquerda que "acabou com o país" e quer voltar ao poder. Ele pede responsabilidade e declara seu apoio a Temer. Para ele, as provas do processo contra Temer "não existem" e as acusações são feitas por "pessoas ligadas ao outro lado". "O Brasil não pode voltar ao caos". Terceiro a falar, o deputado Ivan Valente (PSOL-SP) afirma que, há um ano, foi votado o impeachment de Dilma, com a Câmara presidida por um "bandido", que hoje está preso. Ele afirma que Temer é o "chefe" de Eduardo Cunha, segundo indicou a denúncia da PGR. "Esse presidente da República não pode continuar", diz Valente, denunciando o "balcão de negócios" feito por Temer. Segundo ele, os deputados que defendem o governo estão "escondidos", envergonhados de defender o presidente. Por isso, pede que o povo "execre publicamente" quem votar a favor de manter Temer. Depois o deputado Mauro Pereira (PMDB-RS) chamou os governistas para o plenário para votar e disse que quem votar contra o relatório de Abi-Ackel "é porque detesta o Brasil". Ele criticou os partidos de esquerda e acusou Lula de ser o "capitão da corrupção no país". Oposicionistas o mandaram "lavar a boca" e houve um princípio de bate-boca.