Petrobras questiona escritório que iniciou acordo da J&F por conflito de interesse
Firmado o acordo de leniência com o Ministério Público Federal (MPF), a J&F agora sonda escritórios de advocacia para fazer as investigações internas independentes nas empresas do grupo. Eles têm um prazo para entregar os detalhes das irregularidades cometidas ao MPF. Segundo informações da coluna de Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, o escritório Trench e Watanabe faria esse trabalho, mas decidiu suspender o contrato após supostas pressões da Petrobras, com quem possui um contrato de R$ 96 milhões. De acordo com a publicação, a estatal declarou ter enviado "correspondência ao escritório de advocacia Trench Rossi e Watanabe questionando potencial conflito de interesse por terem como clientes Petrobras e Eldorado, do grupo JBS". Em seguida, a Petrobras diz que foi apenas informada "de que a firma não mais representava o outro cliente". Mesmo assim, segundo a coluna, a J&F ainda deve R$ 600 mil à empresa, que chegou a iniciar as negociações para o acordo. Quando as delações dos irmãos Joesley e Wesley Batista foram divulgadas, o escritório passou a ser questionado pelo próprio presidente Michel Temer (PMDB), já que contrataram um ex-procurador que já havia trabalhado diretamente com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, "para ganhar milhões". O profissional acabou sendo demitido.