STJ mantém procurador acusado de repassar informações sigilosas à Joesley Batista preso

O procurador da República acusado de ter repassado informações para o empresário Joesley Batista continuará preso preventivamente. A decisão foi dada pela presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministra Laurita Vaz, nesta segunda-feira (17). O procurador Ângelo Goulart Villela é acusado de repassar informações sobre as apurações para obter vantagens indevidas. “É deprimente e lamentável o registro de que um procurador da República, que é pago pelos cofres públicos justamente para fiscalizar e buscar o cumprimento das leis, ao que tudo indica, tenha aceitado suborno para ajudar criminosos, atrapalhando uma complexa investigação criminal, auxiliando uma organização criminosa a se esquivar de suas responsabilidades fiscais e criminais e oferecendo seus serviços para fins escusos.”, escreveu a ministra em sua decisão. A defesa do procurador alegou que ele deve ser solto porque há o histórico, na investigação, de que outros investigados terem sido beneficiados por habeas corpus pelo Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com informações da Agência Brasil, a delação de Joesley Batista, dono da JBS, também foi utilizada pela defesa. O empresário afirmou que não houve promessa de pagamentos mensais de R$ 50 mil para que o procurador informasse detalhes da investigação criminal.