Viés percebido atualmente é de 'enfraquecimento da PF', afirma delegado
Diretor Regional da Associação de Delegados da Polícia Federal na Bahia, Rony José Silva, tem se dedicado nos últimos dias a divulgar o II Simpósio Nacional de Combate à Corrupção, que será realizado nos próximos dias 24 e 25 no cinema UCI Orient, no Shopping Barra. Entre os aspectos abordados no evento, está a fragilidade da instituição. “O viés hoje que estamos percebendo é de enfraquecimento da Polícia Federal”, avalia o delegado, que aponta, como meios de restringir o trabalho da corporação, a falta de autonomia financeira. “Então se você me diz se existe uma influência no trabalho da Polícia Federal, se ela existe, ela existe financeiramente hoje muito forte, porque se você não tem orçamento alguma operação vai deixar de ser feita”, explica, negando, no entanto, que os profissionais sejam abordados ou sofram pressões externas para evitar ou direcionar operações. “O delegado de Polícia Federal não se curva à influência política no trabalho dele”, declarou, em entrevista ao Bahia Notícias. Outro problema é o déficit de efetivo enfrentado nos últimos anos – não há concurso público desde 2014. “Nós sabemos que nos próximos quatro anos vão aposentar aproximadamente 400 delegados, então teria que ter um planejamento para poder repor esses que vão vagar. Já temos 600. Se nada for feito, vão ter mil cargos vagos”, cita. Clique aqui e leia a íntegra da entrevista da semana com o delegado da PF Rony José Silva.