Everaldo admite mais equilíbrio na Lava Jato, mas insiste em direcionamento contra PT
Por Fernando Duarte / Bruno Luiz
Desde seu início, em março de 2014, a Operação Lava Jato é atacada por diversos setores do PT pelo seu suposto “partidarismo”. Para a sigla, que viu vários de seus nomes ou pessoas ligadas a ela atrás das grades, o tratamento da força-tarefa responsável pela investigação era diferenciado em relação a outros partidos alvos. Entretanto, recentemente, figuras de outras agremiações, como PSDB e PMDB, apareceram com força no noticiário político-policial por conta da Lava Jato. Do senador Aécio Neves (PSDB) ao presidente Michel Temer (PMDB), a operação dificultou a vida de quem quer imputar a pecha de “partidária” a ela. Em entrevista ao Bahia Notícias, o presidente estadual do PT admitiu um equilíbrio maior da ação. No entanto, insistiu em afirmar que a Lava Jato é mais dura com o PT. “Quem está na prisão é o tesoureiro do PT, não os tesoureiros de outros partidos. O Vaccari [Neto, ex-tesoureiro do PT] está preso apenas com base em delações, não há provas”, reclamou. Ele voltou a insistir que a justiça tem que ser “ a mesma para todo mundo”. “Os que são condenados pela Justiça com base em provas ou que têm investigação autorizada pela Justiça são soltos, caso de Aécio. Não pode haver contradições”, ponderou.