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Daniela: 'Não podemos desistir de nós'; democracia é 'o melhor regime do mundo'

Por Ailma Teixeira / Luana Ribeiro

Daniela: 'Não podemos desistir de nós'; democracia é 'o melhor regime do mundo'
Foto: Ailma Teixeira / Bahia Notícias

Também entre os artistas que participam do movimento neste domingo (11), no Farol da Barra, Daniela Mercury também defendeu os integrantes do meio artístico como um meio de expressão dos anseios da população. “Eu digo que os artistas são super-cidadãos, e é importante que todo cidadãos venham aqui falar o que eles pensam. A gente está em Salvador, centro importantíssimo de cultura, uma capital importantíssima do Brasil. A gente está vivendo um estado de exceção. Precisamos iluminar essa rua com a democracia que a gente deseja para nós. Então os artistas vêm aqui para convocar a população a se manifestar, para mostrar porque sua música está sendo feita. A gente quer reforçar a população”, afirmou, ressaltando a diversidade encontrada entre os presentes. “E aqui é um lugar de diversidade, de diversidade política, de opiniões. Está todo mundo aqui no Farol. Nós artistas da cidade viemos ocupar esse lugar”. Daniela defendeu que  “a democracia é o melhor regime do mundo” e que é importante, no atual cenário político, defender essa modalidade de gestão. “O ministro Carlos Ayres Britto me disse uma vez assim, que “o dilúvio não resistiu à Arca de Noé”. E que a democracia é maior do que qualquer dificuldade que a gente passe. Mas a gente precisa mostrar isso. A corrupção não resiste à democracia. E a gente vai ter que encontrar soluções políticas”. Para a cantora, é preciso não ‘perder a esperança’. “Porque aí a gente não vai resolver nada. A gente não pode desistir de nós, desistir do regime democrático, não pode achar que vai achar outra solução milagrosa para resolver os nossos problemas”. Ela também ressaltou motivos para a capital baiana abrigar protestos como o deste domingo – já ocorreram atos semelhantes nas últimas semanas no Rio de Janeiro e São Paulo. “A gente está na terra de gente que luta muito, de maioria negra, no Nordeste do país, em um lugar onde a gente já enfrenta milhões de dificuldades, que a gente tem uma seca histórica, que a gente está lutando para vencer. A gente tem milhões de problemas, não tem distribuição de renda com a força que a gente gostaria, adequada, como tem no sudeste do país”, apontou. “A gente já é discriminado, então tem que mostrar que sabe lutar. A gente está aqui para isso”.